Morales processa jornalista que o acusou de ordenar assassinato de casal
La Paz, 28 jul (EFE).- O presidente da Bolívia, Evo Morales, processou por difamação o jornalista Humberto Vacaflor por afirmar em um programa de televisão que o líder ordenou o assassinato de um policial e de sua esposa em 2000, na região de Chapare, no centro do país, reduto dos cocaleiros seguidores do político.
Um tribunal de La Paz pediu informações à emissora "Católica TV" sobre o programa, transmitido no dia 4 de julho, no qual Vacaflor falou sobre o assunto via Skype durante um diálogo com Ivan Arias, outro convidado, segundo a imprensa local.
A polêmica se refere à morte do policial David Andrade, de 26 anos, e a esposa dele, Graciela Alfaro, de 16, encontrados sem vida com sinais de tortura em Chapare em novembro de 2000.
Na denúncia, o advogado do presidente, Alex Mosteiros, afirma que as declarações do jornalista fazem "alusões difamatórias, caluniosas e injuriosas" contra a figura de Morales. O jornalista foi convocado a depor no próximo dia 3 de agosto, em um tribunal na cidade de Tarija, no sul do país, onde vive.
No trecho do programa questionado pelo presidente, Vacaflor pergunta a Ivan Arias "se ele já tinha estado complicado com o assassinato do casal Andrade quando era amigo de Morales". Após a resposta do convidado, que explica o contexto do período, o jornalista reitera: "Mas o terrível é que assassinaram um casal, não? Os cocaleiros por ordem de Evo Morales".
Perguntado sobre o processo, o jornalista disse hoje à Agência Efe que essa versão do caso foi "muito divulgada" em 2000 e garantiu que várias testemunhas, inclusive uma ex-deputada, falaram sobre a suposta ligação de Morales com o crime.
Vacaflor disse que prestará o depoimento em agosto e que pedirá que seu caso seja julgado por um tribunal específico para julgar denúncias contra jornalistas. Caso seja condenado, ele pegará uma pena de entre três meses e seis anos de cadeia.
O jornalista, que já trabalhou por veículos de imprensa da Bolívia, da Argentina e do Reino Unido, acusou o governo de querer "sepultar a Lei de Imprensa" para substituí-la por outra mais restrita para exercer a profissão no país.
"Morales está tentando punir todos os que o incomodaram alguma vez. É o resultado da amargura de ele ter perdido o referendo de fevereiro para se reeleger", afirmou Vacaflor.
Um tribunal de La Paz pediu informações à emissora "Católica TV" sobre o programa, transmitido no dia 4 de julho, no qual Vacaflor falou sobre o assunto via Skype durante um diálogo com Ivan Arias, outro convidado, segundo a imprensa local.
A polêmica se refere à morte do policial David Andrade, de 26 anos, e a esposa dele, Graciela Alfaro, de 16, encontrados sem vida com sinais de tortura em Chapare em novembro de 2000.
Na denúncia, o advogado do presidente, Alex Mosteiros, afirma que as declarações do jornalista fazem "alusões difamatórias, caluniosas e injuriosas" contra a figura de Morales. O jornalista foi convocado a depor no próximo dia 3 de agosto, em um tribunal na cidade de Tarija, no sul do país, onde vive.
No trecho do programa questionado pelo presidente, Vacaflor pergunta a Ivan Arias "se ele já tinha estado complicado com o assassinato do casal Andrade quando era amigo de Morales". Após a resposta do convidado, que explica o contexto do período, o jornalista reitera: "Mas o terrível é que assassinaram um casal, não? Os cocaleiros por ordem de Evo Morales".
Perguntado sobre o processo, o jornalista disse hoje à Agência Efe que essa versão do caso foi "muito divulgada" em 2000 e garantiu que várias testemunhas, inclusive uma ex-deputada, falaram sobre a suposta ligação de Morales com o crime.
Vacaflor disse que prestará o depoimento em agosto e que pedirá que seu caso seja julgado por um tribunal específico para julgar denúncias contra jornalistas. Caso seja condenado, ele pegará uma pena de entre três meses e seis anos de cadeia.
O jornalista, que já trabalhou por veículos de imprensa da Bolívia, da Argentina e do Reino Unido, acusou o governo de querer "sepultar a Lei de Imprensa" para substituí-la por outra mais restrita para exercer a profissão no país.
"Morales está tentando punir todos os que o incomodaram alguma vez. É o resultado da amargura de ele ter perdido o referendo de fevereiro para se reeleger", afirmou Vacaflor.
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