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China condena o "extremo e violento" ataque contra sua embaixada em Bisqueque

30/08/2016 06h38

Pequim, 30 ago (EFE).- A China condenou nesta terça-feira o "extremo e violento" atentado contra sua embaixada em Bisqueque, capital do Quirguistão, que deixou pelo menos três pessoas feridas, e espera que o país vizinho "descubra em breve os responsáveis pelo ataque".

A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Hua Chunying, deu uma entrevista coletiva hoje, em Pequim, horas depois que um suicida jogou um carro-bomba contra a embaixada chinesa em Bisqueque.

"Estamos profundamente chocados e condenamos firmemente este ataque", disse a porta-voz, quem por enquanto evitou classificar o incidente como um ato terrorista.

"Pedimos ao Quirguistão que tome todas as medidas necessárias para assegurar a segurança do pessoal chinês e que investigue ao fundo o fato para que os responsáveis sejam punidos", acrescentou.

A porta-voz disse que, por enquanto, "nenhuma organização reivindicou a autoria do ataque", e reiterou que a China "trabalha ao lado do Quirguistão" e que pediu ao país que "nos mantenham informados e divulguem informações o mais rápido possível".

O vice-primeiro-ministro do Quirguistão, Zhenish Razakov, afirmou que "O homem-bomba dirigia um carro e os três feridos são cidadãos quirguizes", disse, citado pela agência russa "Interfax".

Segundo veículos de imprensa do Quirguistão, antiga república soviética na Ásia Central e faz fronteira com a China, Cazaquistão, Tajiquistão e Uzbequistão, o terrorista jogou o veículo contra a porta de acesso da embaixada chinesa.

A porta-voz não respondeu se a China vai aumentar o estado de alerta de ataque em outras de suas embaixadas após o incidente, que ocorreu dias ade o país sediar, em Hangzhou, a reunião de cúpula do G20 (dias 4 e 5 de setembro).

"Temos confiança na realização de um bem-sucedido G20. Com esforço de todas as partes, acontecerá sem problemas", finalizou Hua.

A China foi vítima de outros ataques no exterior no ano passado. Em novembro, aconteceu o primeiro assassinato de um refém chinês, Fan Jinghui, por parte do Estado Islâmico (EI). Pouco antes, três cidadãos do país asiáticos morreram durante um ataque terrorista em um hotel de Bamako (Mali).