Kerry pede que Rússia demonstre "seriedade" para retomar trégua na Síria
Nova York, 22 set (EFE).- O secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, afirmou nesta quinta-feira que a Rússia deve demonstrar "seriedade" para que seja possível retomar o cessar-fogo na Síria, após uma longa reunião que terminou sem acordo entre as partes.
"Trocamos ideias com os russos e planejamos nos reunir amanhã (sexta-feira) de novo para conversar sobre essas ideias", disse Kerry à imprensa ao término de uma reunião multilateral de mais de duas horas em um hotel de Nova York e que o deixou "ainda mais frustrado" em relação aos esforços para retomar a trégua.
"Se os russos voltarem com propostas construtivas, vamos escutá-los", acrescentou.
Por sua parte, o ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, declarou que não havia "acontecido nada" na reunião do Grupo Internacional de Apoio à Síria (ISSG, em inglês), formado por 20 países, e que continuaria suas consultas com os EUA.
O objetivo da reunião era reviver o acordo de cessar-fogo alcançado em 9 de setembro entre Kerry e Lavrov e que durou uma semana na Síria, até esta segunda-feira, quando o exército sírio o considerou encerrado após dezenas de violações e da falta de entrega de ajuda humanitária.
A reunião coincidiu com relatos de jornalistas segundo os quais o exército sírio lançou uma nova ofensiva sobre Aleppo, o que, segundo Kerry, é "exatamente o tipo de ação do regime que tanto prejudica este processo e sua credibilidade".
"Não podemos dizer que temos um acordo quando não é assim, nem dizer que há uma cessação de hostilidades quando não é assim, e quando uma das partes não está disposta a fazer o necessário para evitar uma escalada (...). Não podemos ser os únicos que tentam manter esta porta aberta", ponderou Kerry.
O chefe da diplomacia americana insistiu na proposta que fez nesta quarta-feira para que os aviões sírios deixem de sobrevoar as áreas controladas pela oposição e que, em alguns casos, são estratégicas para a passagem da ajuda humanitária no norte da Síria.
"Sem um grande gesto como este, não acreditamos que faça sentido fazer mais promessas (sobre uma cessação de hostilidades)", destacou.
"Se a Rússia demonstrar seriedade, trabalharemos com a oposição para atuar de forma recíproca", completou.
Um funcionário americano informou a jornalistas que ainda não há um encontro programado entre Kerry e Lavrov para esta sexta-feira e que isso depende de se os russos apresentarão propostas concretas aos americanos, acrescentando que é preciso algo "bastante extraordinário" para reativar o processo.
"Basicamente a bola está no campo da Rússia", disse esse funcionário, que pediu anonimato e que deixou claro que os Estados Unidos têm muitas dúvidas de que Moscou e Damasco estejam dispostos a dar os passos que Washington lhes está reivindicando.
Essa fonte reforçou que, dada a atual situação, é necessário que a Rússia proponha algo "extraordinário", que vá além do visto até agora, a fim de deter os bombardeios aéreos do regime sírio.
"Trocamos ideias com os russos e planejamos nos reunir amanhã (sexta-feira) de novo para conversar sobre essas ideias", disse Kerry à imprensa ao término de uma reunião multilateral de mais de duas horas em um hotel de Nova York e que o deixou "ainda mais frustrado" em relação aos esforços para retomar a trégua.
"Se os russos voltarem com propostas construtivas, vamos escutá-los", acrescentou.
Por sua parte, o ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, declarou que não havia "acontecido nada" na reunião do Grupo Internacional de Apoio à Síria (ISSG, em inglês), formado por 20 países, e que continuaria suas consultas com os EUA.
O objetivo da reunião era reviver o acordo de cessar-fogo alcançado em 9 de setembro entre Kerry e Lavrov e que durou uma semana na Síria, até esta segunda-feira, quando o exército sírio o considerou encerrado após dezenas de violações e da falta de entrega de ajuda humanitária.
A reunião coincidiu com relatos de jornalistas segundo os quais o exército sírio lançou uma nova ofensiva sobre Aleppo, o que, segundo Kerry, é "exatamente o tipo de ação do regime que tanto prejudica este processo e sua credibilidade".
"Não podemos dizer que temos um acordo quando não é assim, nem dizer que há uma cessação de hostilidades quando não é assim, e quando uma das partes não está disposta a fazer o necessário para evitar uma escalada (...). Não podemos ser os únicos que tentam manter esta porta aberta", ponderou Kerry.
O chefe da diplomacia americana insistiu na proposta que fez nesta quarta-feira para que os aviões sírios deixem de sobrevoar as áreas controladas pela oposição e que, em alguns casos, são estratégicas para a passagem da ajuda humanitária no norte da Síria.
"Sem um grande gesto como este, não acreditamos que faça sentido fazer mais promessas (sobre uma cessação de hostilidades)", destacou.
"Se a Rússia demonstrar seriedade, trabalharemos com a oposição para atuar de forma recíproca", completou.
Um funcionário americano informou a jornalistas que ainda não há um encontro programado entre Kerry e Lavrov para esta sexta-feira e que isso depende de se os russos apresentarão propostas concretas aos americanos, acrescentando que é preciso algo "bastante extraordinário" para reativar o processo.
"Basicamente a bola está no campo da Rússia", disse esse funcionário, que pediu anonimato e que deixou claro que os Estados Unidos têm muitas dúvidas de que Moscou e Damasco estejam dispostos a dar os passos que Washington lhes está reivindicando.
Essa fonte reforçou que, dada a atual situação, é necessário que a Rússia proponha algo "extraordinário", que vá além do visto até agora, a fim de deter os bombardeios aéreos do regime sírio.
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