Clérigo exilado diz que Erdogan planejou golpe contra si próprio na Turquia
Madri, 25 set (EFE).- O clérigo islamita Fethullan Güllen, exilado nos Estados Unidos, disse neste domingo ter certeza que o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, planejou a tentativa de golpe de Estado ocorrida no país em julho contra si mesmo.
"Com todas as provas que saíram, que ele (Erdogan) planejou (o golpe) se tornou uma certeza. Ele está aproveitando o golpe para se reforçar", afirma Güllen em entrevista publicada neste domingo pelo jornal espanhol "El País".
O clérigo, de 75 anos, e que vive no estado norte-americano da Pensilvânia desde 1999, explicou que antes via apenas como uma possibilidade o fato de Erdogan ter planejado um "autogolpe", mas atualmente se convenceu de que isso é uma "certeza".
Erdogan, por sua vez, acusa Gülen de ser o mentor da tentativa de derrubá-lo do poder. Por isso, a Turquia pediu aos EUA a extradição do clérigo. "Se me acusam de algo, deveriam provar", disse.
Gülen é o fundador de uma confraria que até 2013 era aliada do governo turco, mas, a partir de então, se transformou na maior inimiga de Erdogan. Após o golpe fracassado, o presidente demitiu vários funcionários públicos supostamente ligados ao clérigo.
Na entrevista, Gülen afirma que, embora sempre tenha desconfiado que Erdogan e seus aliados eram "intolerantes desde o princípio", sempre apoiou líderes que prometem "melhorar a democracia, os direitos humanos e as liberdades na Turquia".
Por esse motivo, o clérigo disse defender a entrada da Turquia na União Europeia (UE). Segundo ele, a adesão "consolidará a democracia turca e evitará futuros golpes militares ou o governo de um homem só buscado por Erdogan".
Perguntado se Erdogan deve renunciar ao poder, Gülen, no entanto, se mostra cauteloso. "Corresponde ao povo turco (a decisão) de mantê-lo ou forçar sua saída com seus votos", afirmou ao "El País".
Gülen pede que UE, EUA e Otan pressionem Erdogan para restabelecer a democracia, inclusive adotando sanções se necessário. Além disso, reivindica a realização de uma investigação internacional sobre a tentativa de golpe, que deixou 283 mortos.
"Se tal investigação concluir apenas um décimo do que Erdogan afirma, compro minha passagem e vou para a Turquia", garante o clérigo, apesar de admitir que não há expectativas de um julgamento justo no país enquanto o atual presidente estiver no poder.
"Com todas as provas que saíram, que ele (Erdogan) planejou (o golpe) se tornou uma certeza. Ele está aproveitando o golpe para se reforçar", afirma Güllen em entrevista publicada neste domingo pelo jornal espanhol "El País".
O clérigo, de 75 anos, e que vive no estado norte-americano da Pensilvânia desde 1999, explicou que antes via apenas como uma possibilidade o fato de Erdogan ter planejado um "autogolpe", mas atualmente se convenceu de que isso é uma "certeza".
Erdogan, por sua vez, acusa Gülen de ser o mentor da tentativa de derrubá-lo do poder. Por isso, a Turquia pediu aos EUA a extradição do clérigo. "Se me acusam de algo, deveriam provar", disse.
Gülen é o fundador de uma confraria que até 2013 era aliada do governo turco, mas, a partir de então, se transformou na maior inimiga de Erdogan. Após o golpe fracassado, o presidente demitiu vários funcionários públicos supostamente ligados ao clérigo.
Na entrevista, Gülen afirma que, embora sempre tenha desconfiado que Erdogan e seus aliados eram "intolerantes desde o princípio", sempre apoiou líderes que prometem "melhorar a democracia, os direitos humanos e as liberdades na Turquia".
Por esse motivo, o clérigo disse defender a entrada da Turquia na União Europeia (UE). Segundo ele, a adesão "consolidará a democracia turca e evitará futuros golpes militares ou o governo de um homem só buscado por Erdogan".
Perguntado se Erdogan deve renunciar ao poder, Gülen, no entanto, se mostra cauteloso. "Corresponde ao povo turco (a decisão) de mantê-lo ou forçar sua saída com seus votos", afirmou ao "El País".
Gülen pede que UE, EUA e Otan pressionem Erdogan para restabelecer a democracia, inclusive adotando sanções se necessário. Além disso, reivindica a realização de uma investigação internacional sobre a tentativa de golpe, que deixou 283 mortos.
"Se tal investigação concluir apenas um décimo do que Erdogan afirma, compro minha passagem e vou para a Turquia", garante o clérigo, apesar de admitir que não há expectativas de um julgamento justo no país enquanto o atual presidente estiver no poder.
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