Ex-presidente Uribe denuncia impunidade das Farc perante líderes mundiais
Cartagena (Colômbia), 26 set (EFE).- O ex-presidente colombiano Álvaro Uribe questionou a "impunidade" dos crimes cometidos pela guerrilha que, segundo sua opinião, é promovida pelo acordo de paz que o governo e das Farc assinarão nesta segunda-feira em Cartagena das Indias.
"Uma mensagem à comunidade internacional: Os mexicanos não dariam impunidade aos cartéis da droga, então por que é preciso dar impunidade total ao maior cartel de cocaína do mundo, as Farc, que é o grande fornecedor dos cartéis do México?", disse o também senador Uribe, ferrenho opositor do acordo.
O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, e o líder das Farc, Rodrigo Londoño Echeverri, conhecido como "Timochenko", assinam nesta segunda-feira o acordo para acabar com 52 anos de conflito que deixaram pelo menos 220 mil mortos.
As partes dialogaram durante quase quatro anos em Havana até conseguir um acordo que foi rubricado em 24 de agosto.
Uribe chegou nesta segunda-feira à cidade caribenha para liderar uma manifestação pelo "não" aos acordos de paz.
O ex-mandatário indicou, além disso, que os Estados Unidos não teriam dado "impunidade Osama bin Laden", como também não "ao EI".
"Então por que os colombianos têm que dar impunidade total a terroristas que nos mataram tanto?", insistiu.
Uribe criticou igualmente o fato de as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) se transformarem em um partido político depois de deixar as armas.
"Os peruanos não permitiriam a elegibilidade política de Abimael Guzmán (líder do grupo terrorista Sendero Luminoso). Os mexicanos também não permitiriam que o capo do narcotráfico 'El Chapo' Guzmán fosse eleito presidente do México. Então por que os colombianos têm que permitir que delinquentes da maior periculosidade possam aspirar à presidência?", asseverou.
O ex-mandatário (2002-2010), que esteve acompanhado de centenas de vítimas do conflito armado, indicou que entre os que rejeitam o acordo de paz existe uma profunda "preocupação" pelo futuro do país, mas esclareceu que não há "sentimentos de rancor".
O dirigente da oposição denunciou perante a comunidade internacional que as Farc são "responsáveis" pelo recrutamento de 11,7 mil menores de idade e pelo estupro de 6,8 mil mulheres, por isso que pediu que as penas aos responsáveis destes crimes não sejam eliminadas.
Além disso, Uribe afirmou que o acordo é um "mal exemplo", que "não gera paz por falta de arrependimento e nem cria condições de reconciliação".
Finalmente, afirmou que o "maus-tratos aos colombianos", as "expropriações" e "os impostos" estão levando o país a se transformar em "outra Venezuela".
Este acordo reúne presidentes, líderes mundiais e diretores de entidades econômicas internacionais que viajaram para Cartagena das Indias para participar da assinatura da paz na Colômbia.
"Uma mensagem à comunidade internacional: Os mexicanos não dariam impunidade aos cartéis da droga, então por que é preciso dar impunidade total ao maior cartel de cocaína do mundo, as Farc, que é o grande fornecedor dos cartéis do México?", disse o também senador Uribe, ferrenho opositor do acordo.
O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, e o líder das Farc, Rodrigo Londoño Echeverri, conhecido como "Timochenko", assinam nesta segunda-feira o acordo para acabar com 52 anos de conflito que deixaram pelo menos 220 mil mortos.
As partes dialogaram durante quase quatro anos em Havana até conseguir um acordo que foi rubricado em 24 de agosto.
Uribe chegou nesta segunda-feira à cidade caribenha para liderar uma manifestação pelo "não" aos acordos de paz.
O ex-mandatário indicou, além disso, que os Estados Unidos não teriam dado "impunidade Osama bin Laden", como também não "ao EI".
"Então por que os colombianos têm que dar impunidade total a terroristas que nos mataram tanto?", insistiu.
Uribe criticou igualmente o fato de as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) se transformarem em um partido político depois de deixar as armas.
"Os peruanos não permitiriam a elegibilidade política de Abimael Guzmán (líder do grupo terrorista Sendero Luminoso). Os mexicanos também não permitiriam que o capo do narcotráfico 'El Chapo' Guzmán fosse eleito presidente do México. Então por que os colombianos têm que permitir que delinquentes da maior periculosidade possam aspirar à presidência?", asseverou.
O ex-mandatário (2002-2010), que esteve acompanhado de centenas de vítimas do conflito armado, indicou que entre os que rejeitam o acordo de paz existe uma profunda "preocupação" pelo futuro do país, mas esclareceu que não há "sentimentos de rancor".
O dirigente da oposição denunciou perante a comunidade internacional que as Farc são "responsáveis" pelo recrutamento de 11,7 mil menores de idade e pelo estupro de 6,8 mil mulheres, por isso que pediu que as penas aos responsáveis destes crimes não sejam eliminadas.
Além disso, Uribe afirmou que o acordo é um "mal exemplo", que "não gera paz por falta de arrependimento e nem cria condições de reconciliação".
Finalmente, afirmou que o "maus-tratos aos colombianos", as "expropriações" e "os impostos" estão levando o país a se transformar em "outra Venezuela".
Este acordo reúne presidentes, líderes mundiais e diretores de entidades econômicas internacionais que viajaram para Cartagena das Indias para participar da assinatura da paz na Colômbia.
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