Governo de Macri se defende de críticas por não reivindicar ilhas Malvinas
Buenos Aires, 28 set (EFE).- O vice-chanceler da Argentina, Carlos Foradori, compareceu nesta quarta-feira ao Congresso em representação do governo para contestar às críticas da oposição e de alguns setores governistas por não insistir na reivindicação da soberania das ilhas Malvinas em recentes acordos assinados com o Reino Unido.
Foradori foi convocado perante a Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados para explicar a postura do Executivo de Mauricio Macri e os alcances de um polêmico comunicado conjunto assinado durante uma recente visita a Buenos Aires do ministro de Estado britânico para Europa e América, Alan Duncan.
O vice-chanceler assegurou que dita declaração - na qual ambos países se comprometeram a estreitar seus deteriorados vínculos e a "melhorar a cooperação" nos assuntos "de interesse recíproco" do Atlântico Sul, sem aprofundar na questão da soberania - é só um "roteiro" para um caminho de diálogo e que "em nenhum momento" tiveram outro objetivo que "o interesse nacional".
"Vestimos a camisa argentina e não quero que ninguém duvide disso", frisou Foradori, que ressaltou que o Executivo tem um compromisso "firme e categórico" com a defesa da soberania argentina do arquipélago, como indica a Constituição.
Suas palavras foram duramente questionadas pelos legisladores do partido kirchnerista Frente para a Vitória (Fpv), que acusaram o gabinete de Macri de consentir com a "usurpação" de parte do território nacional ao não adotar um tom "sério" e "firme" com o Reino Unido.
Mais moderadas foram as considerações lançadas por outros blocos políticos, como as da deputada de centro-esquerda Margarita Stolbizer, que reconheceu que é importante "sentar-se à mesa com espírito de cooperação" já que "o confronto não serve", embora tenha criticado a "leviandade" com a qual o Executivo tratou o tema nas últimas semanas.
Por sua parte, a presidente da comissão, Lilita Carrió (uma das cofundadoras da coalizão governista Cambiemos que levou Macri à presidência), advertiu ao Executivo que não pode "evitar o Congresso" e permitir que os deputados "se inteirem pelos jornais" sobre as declarações que são assinadas.
Outro dos pontos que atraiu mais críticas foi a inclusão no comunicado conjunto da eliminação dos obstáculos que "limitam" o crescimento e o desenvolvimento sustentável do arquipélago.
Membro do peronista Frente Renovadora, o legislador Alejandro Grandinetti considerou que "não há discussão" de soberania sem "pleno uso dos recursos" e que o que se está fazendo é "reconhecer direitos sobre os territórios usurpados".
A exploração dos recursos petrolíferos da área das Malvinas, a pesca, a identificação das vítimas da guerra de 1982 enterradas nas ilhas e a recente proposta para que volte a haver voos das Aerolíneas Argentinas desde Buenos Aires foram outros dos pontos tratados, e que foram comparados com as posturas históricas da Argentina e com as de recentes governos.
Apesar de durante seu último mandato, Cristina Kirchner (2007-2015) ter endurecido a postura da Argentina, Foradori lembrou que todas as administrações precedentes propuseram caminhos de diálogo, embora em alguns casos tenham sido rompidos por descumprimentos "unilaterais" do Reino Unido.
"A tentativa não é nova, vem de administrações que nos precederam e que atuaram positivamente", opinou o vice-chanceler.
"Se queremos realmente buscar o objetivo comum não há outra forma que não seja o diálogo", finalizou.
Foradori foi convocado perante a Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados para explicar a postura do Executivo de Mauricio Macri e os alcances de um polêmico comunicado conjunto assinado durante uma recente visita a Buenos Aires do ministro de Estado britânico para Europa e América, Alan Duncan.
O vice-chanceler assegurou que dita declaração - na qual ambos países se comprometeram a estreitar seus deteriorados vínculos e a "melhorar a cooperação" nos assuntos "de interesse recíproco" do Atlântico Sul, sem aprofundar na questão da soberania - é só um "roteiro" para um caminho de diálogo e que "em nenhum momento" tiveram outro objetivo que "o interesse nacional".
"Vestimos a camisa argentina e não quero que ninguém duvide disso", frisou Foradori, que ressaltou que o Executivo tem um compromisso "firme e categórico" com a defesa da soberania argentina do arquipélago, como indica a Constituição.
Suas palavras foram duramente questionadas pelos legisladores do partido kirchnerista Frente para a Vitória (Fpv), que acusaram o gabinete de Macri de consentir com a "usurpação" de parte do território nacional ao não adotar um tom "sério" e "firme" com o Reino Unido.
Mais moderadas foram as considerações lançadas por outros blocos políticos, como as da deputada de centro-esquerda Margarita Stolbizer, que reconheceu que é importante "sentar-se à mesa com espírito de cooperação" já que "o confronto não serve", embora tenha criticado a "leviandade" com a qual o Executivo tratou o tema nas últimas semanas.
Por sua parte, a presidente da comissão, Lilita Carrió (uma das cofundadoras da coalizão governista Cambiemos que levou Macri à presidência), advertiu ao Executivo que não pode "evitar o Congresso" e permitir que os deputados "se inteirem pelos jornais" sobre as declarações que são assinadas.
Outro dos pontos que atraiu mais críticas foi a inclusão no comunicado conjunto da eliminação dos obstáculos que "limitam" o crescimento e o desenvolvimento sustentável do arquipélago.
Membro do peronista Frente Renovadora, o legislador Alejandro Grandinetti considerou que "não há discussão" de soberania sem "pleno uso dos recursos" e que o que se está fazendo é "reconhecer direitos sobre os territórios usurpados".
A exploração dos recursos petrolíferos da área das Malvinas, a pesca, a identificação das vítimas da guerra de 1982 enterradas nas ilhas e a recente proposta para que volte a haver voos das Aerolíneas Argentinas desde Buenos Aires foram outros dos pontos tratados, e que foram comparados com as posturas históricas da Argentina e com as de recentes governos.
Apesar de durante seu último mandato, Cristina Kirchner (2007-2015) ter endurecido a postura da Argentina, Foradori lembrou que todas as administrações precedentes propuseram caminhos de diálogo, embora em alguns casos tenham sido rompidos por descumprimentos "unilaterais" do Reino Unido.
"A tentativa não é nova, vem de administrações que nos precederam e que atuaram positivamente", opinou o vice-chanceler.
"Se queremos realmente buscar o objetivo comum não há outra forma que não seja o diálogo", finalizou.
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