Líder insurgente ratifica acordo de paz com presidente afegão
Cabul, 29 set (EFE).- Gulbuddin Hekmatyar, líder do segundo maior grupo insurgente do Afeganistão, o Hezb-e-Islamic (HIA, Partido Islâmico do Afeganistão), ratificou nesta quinta-feira com o presidente do país, Ashraf Ghani, o acordo de paz estabelecido há uma semana, assinando o pacto por videoconferência de um local secreto.
O ex-primeiro-ministro e senhor da guerra Hekmatyar firmou o acordo de um local sigiloso, no qual é possível vê-lo assinando os documentos diante de um fundo azul, enquanto Gani fez o mesmo no palácio presidencial em Cabul.
"O acordo de paz foi implementado em sua totalidade e os passos práticos para sua execução começarão imediatamente", afirmou Gani em um ato ao qual compareceram representantes de todos os partidos políticos do país, entre eles o ex-presidente afegão Hamid Karzai.
Gani garantiu que o pacto não contradiz nenhum ponto da Constituição afegã e convocou os outros grupos insurgentes em solo afegão, especialmente os talibãs, a manifestarem qual é sua "escolha" entre a guerra e a paz.
"Estou disposto a sacrificar minha vida pela paz se for necessário", sentenciou o presidente afegão.
Hekmatyar, o polêmico senhor da guerra com vínculos com os talibãs e a rede Al Qaeda, por sua vez felicitou a nação através de videoconferência pelo "acordo de paz histórico".
"Acredito que com a assinatura deste acordo a atual crise vai terminar", opinou o líder do HIA, que manifestou seu desejo de que, a partir de agora, "os confrontos armados deem passagem para confrontações políticas construtivas".
O pacto formalizado hoje pelo presidente e o líder do HIA já tinha sido assinado há uma semana por representantes de ambas as partes e prevê que o governo afegão inicie os passos para legalizar o grupo insurgente e seus membros sobre os quais pesam sanções internacionais.
Assim, Hekmatyar, que é acusado de matar milhares de cidadãos em Cabul durante a guerra civil dos anos 1990, poderá retornar à capital afegã.
O acordo implica uma "anistia" pelas atividades do grupo insurgente nos últimos 14 anos, a repatriação "digna e sustentável" de suas famílias e a libertação de prisioneiros que não cometeram crimes.
O HIA passa a aceitar a Constituição afegã e terá que desmobilizar todos os seus grupos armados, além de se comprometer a "romper todos os seus laços com grupos terroristas e extremistas".
"Peço ao presidente afegão que inicie conversas com os talibãs e mostre sua boa vontade com a libertação incondicional de alguns de seus prisioneiros, o que pode encorajar os talibãs a acreditarem no processo de paz", afirmou hoje Hekmatyar.
Os talibãs ainda não se pronunciaram sobre o acordo assinado.
O pacto com o HIA é o único progresso alcançado pelo governo afegão em sua intenção de levar os atores do conflito armado no país à mesa de negociação e a um processo de paz que acabe com os muitos anos de conflito.
O Grupo dos Quatro, do qual o Afeganistão faz parte ao lado de Paquistão, China e Estados Unidos, lançou no final do ano passado uma iniciativa para traçar um plano de paz que encerre um conflito que começou em 2001 com a invasão americana e a queda do regime talibã.
No entanto, esse grupo insurgente, o mais importante do país, se recusou a negociar com o governo em várias ocasiões, depois que o processo de paz foi suspenso depois da divulgação da notícia, em julho de 2015, de que o fundador do movimento, o mulá Omar, estava morto.
O ex-primeiro-ministro e senhor da guerra Hekmatyar firmou o acordo de um local sigiloso, no qual é possível vê-lo assinando os documentos diante de um fundo azul, enquanto Gani fez o mesmo no palácio presidencial em Cabul.
"O acordo de paz foi implementado em sua totalidade e os passos práticos para sua execução começarão imediatamente", afirmou Gani em um ato ao qual compareceram representantes de todos os partidos políticos do país, entre eles o ex-presidente afegão Hamid Karzai.
Gani garantiu que o pacto não contradiz nenhum ponto da Constituição afegã e convocou os outros grupos insurgentes em solo afegão, especialmente os talibãs, a manifestarem qual é sua "escolha" entre a guerra e a paz.
"Estou disposto a sacrificar minha vida pela paz se for necessário", sentenciou o presidente afegão.
Hekmatyar, o polêmico senhor da guerra com vínculos com os talibãs e a rede Al Qaeda, por sua vez felicitou a nação através de videoconferência pelo "acordo de paz histórico".
"Acredito que com a assinatura deste acordo a atual crise vai terminar", opinou o líder do HIA, que manifestou seu desejo de que, a partir de agora, "os confrontos armados deem passagem para confrontações políticas construtivas".
O pacto formalizado hoje pelo presidente e o líder do HIA já tinha sido assinado há uma semana por representantes de ambas as partes e prevê que o governo afegão inicie os passos para legalizar o grupo insurgente e seus membros sobre os quais pesam sanções internacionais.
Assim, Hekmatyar, que é acusado de matar milhares de cidadãos em Cabul durante a guerra civil dos anos 1990, poderá retornar à capital afegã.
O acordo implica uma "anistia" pelas atividades do grupo insurgente nos últimos 14 anos, a repatriação "digna e sustentável" de suas famílias e a libertação de prisioneiros que não cometeram crimes.
O HIA passa a aceitar a Constituição afegã e terá que desmobilizar todos os seus grupos armados, além de se comprometer a "romper todos os seus laços com grupos terroristas e extremistas".
"Peço ao presidente afegão que inicie conversas com os talibãs e mostre sua boa vontade com a libertação incondicional de alguns de seus prisioneiros, o que pode encorajar os talibãs a acreditarem no processo de paz", afirmou hoje Hekmatyar.
Os talibãs ainda não se pronunciaram sobre o acordo assinado.
O pacto com o HIA é o único progresso alcançado pelo governo afegão em sua intenção de levar os atores do conflito armado no país à mesa de negociação e a um processo de paz que acabe com os muitos anos de conflito.
O Grupo dos Quatro, do qual o Afeganistão faz parte ao lado de Paquistão, China e Estados Unidos, lançou no final do ano passado uma iniciativa para traçar um plano de paz que encerre um conflito que começou em 2001 com a invasão americana e a queda do regime talibã.
No entanto, esse grupo insurgente, o mais importante do país, se recusou a negociar com o governo em várias ocasiões, depois que o processo de paz foi suspenso depois da divulgação da notícia, em julho de 2015, de que o fundador do movimento, o mulá Omar, estava morto.
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