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Mais de 90 delegações de 70 países estarão amanhã no funeral de Shimon Peres

29/09/2016 15h31

Jerusalém, 29 set (EFE).- Delegações de mais de 70 países comparecerão amanhã, sexta-feira, no funeral do ex-presidente israelense Shimon Peres, naquele que será um dos maiores eventos internacionais da história do Estado de Israel.

O Centro Peres da Paz, responsável pela coordenação do funeral junto com o Ministério das Relações Exteriores israelense, confirmou a chegada de 90 delegações internacionais, dezenas delas lideradas por chefes de Estado e de governo.

Uma análise das listas divulgadas por ambos organismos sugere que o funeral, que será realizado no Mont Herzl de Jerusalém, será acompanhando por pelo menos 24 chefes de Estado e dez chefes de governo.

Entre os presentes estarão o rei Felipe VI da Espanha, os presidentes dos Estados Unidos, Barack Obama; do México, Enrique Peña Nieto; da Alemanha, Joachim Gauck; da França, François Hollande; o primeiro-ministro da Itália, Matteo Renzi, e o grande duque Enrique, chefe de estado de Luxemburgo.

Além disso, estão confirmadas as presenças dos presidentes de Grécia, Suíça, Chipre, Malta, Ucrânia, Romênia, Bulgária, Lituânia, Letônia, Polônia, Eslovênia, Sérvia, Croácia, Costa do Marfim e Togo, entre outros.

Por tamanho e hierarquia se destacam as delegações dos aliados tradicionais de Israel - EUA e Canadá -, embora também a imensa maioria dos países europeus esteja representada pelo menos por seus ministros de Relações Exteriores.

Por regiões geográficas, Brasil, México, Panamá, Colômbia e Chile são os únicos países da América Latina que confirmaram sua participação, enquanto oito países são da Ásia e Oceania.

Do mundo árabe, com o qual Peres tentou manter abertos os canais de comunicação mesmo nos piores momentos, se destaca a presença do presidente palestino, Mahmoud Abbas, à frente de uma delegação de quatro pessoas, e as delegações de menor escalão de Jordânia, Marrocos e Egito.

Segundo alguns comentaristas da televisão israelense, nem sequer o funeral do primeiro-ministro Yitzhak Rabin, após seu assassinato em 1995 por um extremista judeu no meio dos acordos de paz de Oslo, conseguiu atrair tantos líderes internacionais a Israel.

Às delegações estatais se somarão as da União Europeia, da Otan, do Conselho da Europa e da Unesco, também de alto nível.

Uma dezena de delegações já chegou a Israel, onde se estabeleceram extraordinárias medidas de segurança.

Ditas medidas comportam, entre outras coisas, o fechamento intermitente da principal estrada que une Jerusalém e Tel Aviv, assim como de todos os acessos à parte sudoeste da cidade santa, onde se encontra o cemitério.

"Trata-se de uma operação sem precedentes entre todas as que teve que enfrentar a unidade de proteção do serviço secreto israelense" (Shin Bet), segundo indicou o próprio em comunicado.