Invasão do Afeganistão completa 15 anos, e Taleban diz que americanos fracassaram
O Taleban rejeitou de maneira enérgica a invasão dos Estados Unidos no Afeganistão, que nesta sexta-feira (7) completa 15 anos, e assegurou que Washington fracassou em todos seus objetivos no país asiático, desde a paz à governabilidade passando pela luta contra o narcotráfico.
"Vemos que tudo é o contrário do que prometeram os americanos. O Afeganistão é agora um dos países mais pobres do mundo; O Afeganistão quebrou o recorde de produção e exportação de ópio; em lugar de um regime democrático impuseram à população o governo mais corrupto do planeta", indicou o Taleban em comunicado.
O Taleban chama o 7 de outubro de "dia negro" e exige que os EUA abandonem o país, além de permitir que "os afegãos escolham seu futuro por eles mesmos".
"O Emirado Islâmico do Afeganistão (como o próprio Taleban se chama) condena a invasão americana nos termos mais enérgicos e após a conclusão do 15º aniversário da invasão, mais uma vez, pedimos que os invasores abandonem sua impiedosa invasão", afirmaram.
"Se não for assim, a nação afegã, sob o Emirado Islâmico, continuará sua legítima luta até o dia em que eles deixem o país, e esse momento não está longe", disse.
O Taleban classifica a invasão dos EUA de "ilegal" porque os afegãos não estiveram por trás dos incidentes do 11 de setembro e insistiram no fracasso americano.
"Os Estados Unidos fracassaram em conseguir seus objetivos, tanto na reconstrução, em trazer a paz, a estabilidade e em eliminar os cultivos de papoula", afirmou à Agência Efe o porta-voz talibã, Zabihullah Mujahid.
"Se os americanos continuarem com a ocupação, nós não nos cansaremos, continuaremos a jihad (guerra santa) e estamos preparados para todo tipo de sacrifícios", manifestou.
A invasão no Afeganistão completa 15 anos em um momento de intensificação da guerra com o Taleban, que ganha terreno e estão desafiando o poder do Estado inclusive em capitais de província como Konduz (norte) ou Lashkar Gah (sul).
De acordo com fontes oficiais dos EUA, os insurgentes controlam aproximadamente um terço do país.
Quinze anos depois da invasão, os Estados Unidos mantém 9,8 mil soldados no Afeganistão em missão contra o terrorismo ou em combate, cuja a saída definitiva foi adiando por causa da intensificação da guerra.
No mês de julho, o presidente Barack Obama, anunciou que os EUA manterão 8,4 mil soldados em 2017 no Afeganistão, em vez dos 5,5 mil planejados.
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