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Hillary diz que reabertura de investigação sobre e-mails não gerará acusação

28/10/2016 22h27

Washington, 28 out (EFE).- A candidata democrata à presidência dos Estados Unidos, Hillary Clinton, se mostrou confiante que a reabertura da investigação do FBI sobre o uso de um servidor privado de e-mail quando a ex-primeira-dama atuou como secretária de Estado do país (2009-2013) não modificará a decisão inicial de não recomendar acusação alguma contra ela.

Hillary também disse ser "imperativo" que o diretor do FBI, James Comey, explique o conteúdo dos novos e-mails que motivaram a reabertura da investigação. "Pedimos que o FBI publique todas as informações que possua", disse a ex-secretária de Estado, visivelmente irritada pelo fato de o caso ter sido reaberto faltando apenas 11 dias para a eleição marcada para 8 de novembro.

"O FBI tem que compartilhar com todo o povo americano os dados que diz possuir", ressaltou a candidata democrata, se mostrando confiante de que, independentemente do conteúdo, ele não mudará a decisão tomada em junho de "não apresentar acusações".

Perguntada sobre a origem e o conteúdo dos novos e-mails, Hillary disse não saber. "É por isso que cabe ao FBI nos explicar do que eles estão falando", respondeu.

O FBI movimentou a política americana nesta sexta-feira ao reabrir a investigação sobre o uso de um servidor privado de e-mails pela candidata quando ocupava o cargo de secretária de Estado.

Segundo o "The New York Times", que cita fontes oficiais não identificadas, o FBI investiga mensagens de texto enviadas a uma adolescente da Carolina do Norte por Anthony Weiner, marido de Huma Abedin, uma importante auxiliar da democrata na campanha eleitoral.

De acordo com o jornal, os novos e-mails que motivaram a abertura das investigações foram descobertos depois de o FBI ter apreendido dispositivos eletrônicos de Abedin e Weiner.

Em julho, Hillary foi interrogada no quartel-general do FBI sobre o uso do servidor privado. Dias mais tarde, o Departamento de Justiça decidiu encerrar o caso por recomendação do próprio FBI, que não encontrou acusações contra ela.