Presidente do Equador critica "golpes brandos" em Brasil e Argentina
O presidente do Equador, Rafael Correa, manifestou neste sábado (29) sua "contundente rejeição" ao que chamou de "golpes brandos" que, segundo ele, tiveram como vítimas no Brasil os ex-presidentes Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva, e na Argentina a ex-governante Cristina Kirchner.
Durante seu discurso na XXV Cúpula Ibero-Americana em Cartagena de Indias, Correa condenou o impeachment de Dilma, sobre quem ele destacou que as autoridades "não puderam encontrar um mínimo de corrupção".
"Mas como já a tinham condenado, encontraram um tema administrativo para destituí-la", afirmou o chefe do governo equatoriano sobre a ex-presidente, cassada em 31 de agosto pelo Senado em julgamento por irregularidades fiscais que ela nega.
Correa denunciou ainda que atualmente no Brasil se "persegue" Lula, a quem ele definiu como "um simples operário que passou a dirigir a maior economia da América Latina", e da mesma forma acontece na Argentina em relação a Cristina Kirchner.
Ambos estão envolvidos em processos judiciais por supostas irregularidades ocorridas durante seus respectivas períodos no poder.
Diante dessas situações, Correa lembrou que seu país aprovou uma série de mecanismos constitucionais que evitam situações de instabilidade institucional.
Além disso, o presidente do Equador reafirmou a "eterna solidariedade" de seu país a Cuba devido ao bloqueio econômico que os Estados Unidos mantêm sobre a ilha há mais de cinco décadas e que Correa tachou como "criminoso" e "o mais claro abuso e desprezo à soberania dos povos".
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