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Pelo 4º ano seguido, "Forbes" considera Putin a pessoa mais poderosa do mundo

14/12/2016 17h14

Nova York, 14 dez (EFE).- O presidente da Rússia, Vladimir Putin, encabeça pelo quarto ano consecutivo a lista das pessoas mais poderosas do mundo divulgada nesta quarta-feira pela revista "Forbes", na qual se destacam a ausência de brasileiros e a presença do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, no segundo lugar.

A lista possui 74 homens e mulheres de todo o mundo levando em conta os recursos financeiros que controlam, a quantidade de pessoas que impactam com suas decisões e a esfera de sua influência, e inclui fundamentalmente líderes políticos e empresariais.

Segundo a revista, que elabora este exclusivo clube há oito anos, Putin volta a ocupar o primeiro posto por ter estendido o alcance e a influência da Rússia "a cada canto do planeta", da Síria aos Estados Unidos.

Para a "Forbes", independentemente de que seja correta a teoria segundo a qual o Kremlin interferiu no processo eleitoral em favor de Trump, o poder de Putin "poderia crescer de forma desmedida" nos próximos anos por ter um potencial aliado na Casa Branca.

A revista menciona que, apesar das sanções e da crise econômica que castiga o país, que rebaixaram o nível de vida dos russos, as pesquisas lhe outorgam uma aprovação de 80%.

Sobre Trump, que passou da 72ª posição desta lista em 2015 ao segundo lugar este ano, a revista destacou que, quando assumir o Salão Oval no próximo dia 20 de janeiro, se transformará no "primeiro presidente milionário dos Estados Unidos".

A "Forbes" lembra que o magnata nova-iorquino, que disse que entregará a seus filhos as rédeas de seu império imobiliário assim que se instalar na Casa Branca, possui uma fortuna calculada de US$ 3,7 bilhões.

No terceiro posto está a chanceler alemã, Angela Merkel, classificada como a mulher mais poderosa do mundo e considerada "o último bastião do poder liberal no Ocidente" frente à ascensão imparável do populismo e dos movimentos de direita.

Segundo a "Forbes", Merkel foi a encarregada de manter "uma frente europeia unida" após o "Brexit" no Reino Unido, de equilibrar a crescente influência russa no continente e de tramitar a entrada de migrantes na Alemanha nos últimos anos.

O secretário-geral do Partido Comunista da China, Xi Jinping, ocupa o quarto lugar por sua luta em favor de "maiores alianças econômicas e de segurança para a China" e por ter aumentado sua influência nos assuntos políticos em Hong Kong e Taiwan.

Do papa Francisco, que aparece na 5ª posição e se transforma no primeiro dos três latino-americanos da lista, a revista destaca que é o "líder espiritual" de quase um sexto da população mundial (1,3 bilhão de pessoas).

Além do papa argentino, aparecem no ranking da "Forbes" o multimilionário mexicano Carlos Slim, um dos homens mais ricos do planeta, no 17º lugar, e o presidente mexicano, Enrique Peña Nieto, na 54ª colocação.

Completam os dez primeiros postos a presidente do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), Janet Yellen; o cofundador da Microsoft, Bill Gates; o ex-diretor do Google, Larry Page, o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, e o fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, o mais jovem do ranking.

Barack Obama, atual presidente dos EUA, ocupou o terceiro lugar no ranking de 2015, mas na edição deste ano caiu até o 48º posto, uma vez que deixará a Casa Branca em janeiro.

Aparecem pela primeira vez nesta lista o vice-presidente eleito dos EUA, Mike Pence, na 69ª posição, e o presidente do Blackstone Group, Stephen Schwarzman (52ª), que foi nomeado membro do painel de assessores econômicos de Trump.

Outras das novas personalidades incluídas na lista este ano são a primeira-ministra britânica, Theresa May (13ª); o ministro da Energia de Arábia Saudita, Khalid Al Falih (49ª) e o presidente da Síria, Bashar al Assad (63ª).