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Obama passa Natal sob a brisa do Havaí, e Trump descansa no sol da Flórida

24/12/2016 15h53

Cristina García Casado.

Washington, 24 dez (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, está passando o Natal com sua família em uma luxuosa casa alugada do Havaí, enquanto seu sucessor, Donald Trump, aproveita o período em um clube particular na Flórida.

Obama e Trump estão em lados opostos na política, mas ambos compartilham, como outros presidentes, do gosto de escapar do frio de Washington e também por um esporte: o golfe.

Trump criticou Obama durante a campanha por se distrair das responsabilidades presidenciais jogando golfe, mas agora é ele quem deixou a transição de lado, faltando menos de um mês para assumir o poder, para ir ao campo para uma partida.

O republicano chegou a dizer que Obama jogava mais golfe que o lendário Tiger Woods, adversário do presidente eleito em seu clube particular em Palm Beach, perto de Miami.

Obama também enfrentou Woods como presidente, mas normalmente prefere ter como rivais os amigos de sempre e assessores.

As férias dos Obamas e dos Trump têm em comum o luxo e o sol, mas diferem no estilo: o presidente e sua família mostram seu lado mais relaxado, enquanto o empresário se tranca em sua mansão.

Obama passou oito Natais como presidente no lugar onde nasceu, em Oahu, no Havaí, onde ainda tem amigos da adolescência.

"Ele é um menino local, indubitavelmente. Calça seus chinelos e sabe surfar", explicou o prefeito de Honolulu, Kirk Caldwell.

Dos costumes de Obama no Havaí já se sabe até o sabor favorito do presidente ao pedir o tradicional "shave ice", um granizado clássico do estado: cereja, lima e goiaba.

A rotina de Obama na paradisíaca ilha se repete a cada ano: praia, montanhismo, snorkel, jantares em restaurantes, atividades com amigos e golfe.

Obama joga em um campo de golfe de uma base da Marinha, com uma impressionante vista para as montanhas e o oceano. A jornada começa habitualmente com 90 minutos de exercício na base e as atividades físicas continuam ao longo do dia acompanhado da família.

A família do presidente gosta de percorrer a trilha de Maunawili, que atravessa uma exuberante selva tropical e desemboca em uma espetacular praia escondida.

Às noites, Obama e sua esposa, Michelle, mantêm o hábito que marcou sua passagem em Washington: sair para jantar nos restaurantes que estão na moda, colocando-os em todos os guias gastronômicos.

Eles alugaram a mesma casa de frente para a praia durante os primeiros anos, mas mudaram de imóvel quando ela deixou de estar disponível para uma considerada menos exuberante.

O luxo dos Obama, como eles, é mais relaxado, sobretudo em contraste com a família que os sucederá na Casa Branca: um clã de um magnata com propriedades exclusivas no mundo todo.

Uma delas é o clube particular Mar-a-Lago, onde os Trump, que vivem em Nova York, costumam passar a maioria dos fins de semana entre a Ação de Graças, em novembro, até o Natal.

Tudo indica que o empresário manterá o costume, de modo que o serviço secreto terá um árduo trabalho para garantir a segurança: viverá entre a Casa Branca, a Trump Tower, em Manhattan, e o complexo do clube na Flórida.

A família de Trump é muito mais fechada do que a de Obama na hora de lidar com imprensa e com o público. Por isso, pouco se sabe como eles passam os dias luxuosos em Mar-a-Lago.

Os jornalistas esperam que esse sigilo mude quando Trump passe a ser presidente, após a posse em 20 de janeiro.

O que está claro é que a Flórida é como uma "segunda casa" para o empresário, uma expressão usada por ele próprio em um comício em Tampa antes de vencer as eleições no estado-chave.

O Havaí, para Obama, é inclusive mais do que isso. "Você não pode realmente entender Barack até entender o Havaí", disse uma vez a primeira-dama Michele.