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Israel convoca embaixadores do Conselho de Segurana para protesto formal

25/12/2016 09h56

Jerusalém, 25 dez (EFE).- O Ministério das Relações Exteriores de Israel convocou neste domingo todos os embaixadores dos países do Conselho de Segurança com os quais têm relações diplomáticas para apresentar um protesto formal pelo voto a favor de uma resolução contra os assentamentos judaicos.

Fontes das Relações Exteriores disseram aos veículos de imprensa que devido ao fato de que hoje é dia do Natal, alguns dos embaixadores não estão no país, por isso que foram convocados seus segundos ou encarregados de negócios.

Trata-se dos diplomatas de maior categoria que estão no país da China, França, Rússia, Grã-Bretanha, Espanha (presidente de turno do Conselho este mês), Egito, Japão, Ucrânia, Uruguai e Angola, enquanto o embaixador dos EUA não foi convocado por se abster na votação.

Fontes diplomáticas espanholas em Tel Aviv confirmaram a convocação à sede do Ministério em Jerusalém às 16h local (12h30, em Brasília).

A Nova Zelândia e Senegal não têm embaixador in situ, e com a Venezuela e Malásia, Israel não tem relações diplomáticas.

Estes quatro países apadrinharam a resolução 2334 na sexta-feira passada, depois que Egito, redator original da mesma, a retirou da mesa do Conselho por pressões de Israel.

A ordem de convocar os embaixadores com caráter de urgência, e apesar de ser dia do Natal, saiu do escritório do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que é também o titular das Relações Exteriores.

Segundo fontes do Ministério, cada representante estrangeiro será recebido de forma separada pelo diretor-geral adjunto de cada aérea geográfica em questão, a fim de mostrar o "protesto formal" de Israel pelo voto favorável à resolução na sexta-feira.

A convocação dos diplomatas é uma nova medida israelense em resposta à resolução que define como ilegais os assentamentos judaicos nos territórios ocupados de Jerusalém Oriental e Cisjordânia e que na sexta-feira foi aprovada por 14 votos a favor, nenhum contra e a crucial abstenção dos EUA, cujo embaixador, Dan Shapiro, não foi convocado ao Ministério.