Putin anuncia acordo de cessar-fogo na Síria e redução de tropas russas
Moscou, 29 dez (EFE).- O presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou nesta quinta-feira a assinatura de um acordo de cessar-fogo em toda a Síria entre o regime de Bashar al Assad e a oposição armada do país, além da redução de tropas russas no território sírio.
Damasco e a oposição síria também assinaram outro documento com medidas de controle do cessar-fogo e uma declaração por escrito na qual se comprometem a "iniciar negociações de paz para a regulação" do conflito, disse Putin em reunião com os ministros das Relações Exteriores e Defesa.
"Os acordos alcançados são, sem dúvidas, frágeis. Exigem uma atenção especial e vigilância", comentou o líder russo.
O chefe do Kremlin destacou que a Rússia esperava há "muito tempo" esse acordo entre Damasco e a oposição síria e que tinha trabalhado muito para isso junto com a Turquia e outros parceiros regionais.
Putin lembrou que, recentemente, Rússia, Turquia e Irã se comprometeram em Moscou a exercer o papel de "fiadores" do cumprimento dos acordos de paz na Síria.
Ao mesmo tempo, Putin anunciou a redução da presença militar russa na Síria, onde os aviões russos estão desde setembro de 2015 e cuja grande parte já havia sido retirada em fevereiro.
"Estou de acordo com a proposta de Defesa sobre a redução de nossa presença militar na Síria, levando em conta que, certamente, continuaremos a luta contra o terrorismo internacional", afirmou. O governante russo acrescentou que a Rússia "também seguirá apoiando o legítimo governo sírio em sua luta contra o terrorismo".
O acordo de cessar-fogo entrará em vigor nesta meia-noite, segundo anunciou o ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu.
"Durante os últimos dois meses mantivemos negociações com os líderes da oposição síria moderada com mediação turca. Esses grupos controlam grande parte das regiões centrais da Síria que não estão subordinadas a Damasco", explicou Shoigu, que calculou o número de soldados desses grupos opositores em "mais de 60 mil".
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, garantiu que Arábia Saudita, Catar, Egito, Jordânia e Iraque serão convidados a fazer parte do acordo de paz na Síria.
"E, com certeza, convidamos os representantes da ONU. Isso permitirá garantir a continuidade do processo político levando em conta os marcos estabelecidos na resolução 2254 aprovada pelo Conselho de Segurança", disse.
Lavrov adiantou que os documentos pactuados por Damasco e pela oposição síria serão apresentados diante do Conselho de Segurança. Sobre os EUA, o ministro russo disse acreditar que "quando o governo de Donald Trump assumir suas funções, também se somará a estes esforços para trabalhar de maneira coletiva e amistosa".
Além disso, Lavrov destacou que, uma vez estipulado o cessar-fogo, Rússia e Turquia prepararão a reunião em Astana, capital da Cazaquistão, para impulsionar o processo de paz sírio. EFE
io/vnm
Damasco e a oposição síria também assinaram outro documento com medidas de controle do cessar-fogo e uma declaração por escrito na qual se comprometem a "iniciar negociações de paz para a regulação" do conflito, disse Putin em reunião com os ministros das Relações Exteriores e Defesa.
"Os acordos alcançados são, sem dúvidas, frágeis. Exigem uma atenção especial e vigilância", comentou o líder russo.
O chefe do Kremlin destacou que a Rússia esperava há "muito tempo" esse acordo entre Damasco e a oposição síria e que tinha trabalhado muito para isso junto com a Turquia e outros parceiros regionais.
Putin lembrou que, recentemente, Rússia, Turquia e Irã se comprometeram em Moscou a exercer o papel de "fiadores" do cumprimento dos acordos de paz na Síria.
Ao mesmo tempo, Putin anunciou a redução da presença militar russa na Síria, onde os aviões russos estão desde setembro de 2015 e cuja grande parte já havia sido retirada em fevereiro.
"Estou de acordo com a proposta de Defesa sobre a redução de nossa presença militar na Síria, levando em conta que, certamente, continuaremos a luta contra o terrorismo internacional", afirmou. O governante russo acrescentou que a Rússia "também seguirá apoiando o legítimo governo sírio em sua luta contra o terrorismo".
O acordo de cessar-fogo entrará em vigor nesta meia-noite, segundo anunciou o ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu.
"Durante os últimos dois meses mantivemos negociações com os líderes da oposição síria moderada com mediação turca. Esses grupos controlam grande parte das regiões centrais da Síria que não estão subordinadas a Damasco", explicou Shoigu, que calculou o número de soldados desses grupos opositores em "mais de 60 mil".
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, garantiu que Arábia Saudita, Catar, Egito, Jordânia e Iraque serão convidados a fazer parte do acordo de paz na Síria.
"E, com certeza, convidamos os representantes da ONU. Isso permitirá garantir a continuidade do processo político levando em conta os marcos estabelecidos na resolução 2254 aprovada pelo Conselho de Segurança", disse.
Lavrov adiantou que os documentos pactuados por Damasco e pela oposição síria serão apresentados diante do Conselho de Segurança. Sobre os EUA, o ministro russo disse acreditar que "quando o governo de Donald Trump assumir suas funções, também se somará a estes esforços para trabalhar de maneira coletiva e amistosa".
Além disso, Lavrov destacou que, uma vez estipulado o cessar-fogo, Rússia e Turquia prepararão a reunião em Astana, capital da Cazaquistão, para impulsionar o processo de paz sírio. EFE
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