Governo do Nepal anuncia eleições locais em meio a ameaças de nova crise
Katmandu, 20 fev (EFE).- O governo do Nepal convocou nesta segunda-feira eleições locais para o próximo dia 14 de maio, apressado pelos prazos constitucionais e em meio a ameaças dos grupos madheshi do sul por não ter emendado a Constituição para mudar a divisão administrativa do país.
Exatamente 17 meses após a promulgação da Constituição e do nascimento da República, o governo convoca as primeiras eleições locais em virtude dos prazos previstos pela carta magna para convocar pleitos municipais, provinciais e centrais antes de 21 de janeiro de 2018.
"Decidimos realizar eleições locais em 14 de maio, isto abrirá as portas para as eleições provinciais e centrais", declarou à imprensa o ministro da Informação e Comunicação, Surendra Karki.
O Executivo finalmente fez o anúncio, apesar da ameaça dos partidos madheshi de retirar o apoio ao governo de coalizão do maoísta Partido Comunista do Nepal (CPN-MC, antiga guerrilha) e o Partido do Congresso e convocar um novo protesto se a Constituição, com cuja divisão administrativa não estão de acordo, não for reformada antes do pleito.
O desacordo sobre a carta magna, promulgada em 20 de setembro de 2015, levou esses partidos da região de Terai, a mais rica e que faz fronteira com a Índia, a impor um bloqueio, pelo qual Katmandu acusou Nova Délhi, que gerou uma crise econômica ainda pior que a causada pelo terremoto de abril desse mesmo ano.
"Isto é traição", comentou nesta segunda-feira com a Agência Efe Rajendra Shrestha, co-presidente do Fórum Nepal Sanghiya Samajbadi, um dos agrupamentos da plataforma de partidos da região de Terai SLMM, ao reagir à convocação das eleições locais.
"Agora intensificaremos os protestos e inclusive podemos retirar o apoio ao governo", acrescentou.
Os madheshi exigem que duas das sete províncias que contempla a Constituição fiquem sob seu controle e sejam formadas pelos 20 distritos dessa minoria, ao invés da única que tinham no texto original.
O governo concedeu em novembro do ano passado uma segunda província para 15 dos 20 distritos madheshi, uma solução que não contentou nem os sulistas nem os partidos opositores, que não estão de acordo com essas concessões.
Como a aliança de governo não reúne os dois terços dos 594 parlamentares necessários para fazer a reforma constitucional, a emenda se encontra paralisada no Legislativo.
Exatamente 17 meses após a promulgação da Constituição e do nascimento da República, o governo convoca as primeiras eleições locais em virtude dos prazos previstos pela carta magna para convocar pleitos municipais, provinciais e centrais antes de 21 de janeiro de 2018.
"Decidimos realizar eleições locais em 14 de maio, isto abrirá as portas para as eleições provinciais e centrais", declarou à imprensa o ministro da Informação e Comunicação, Surendra Karki.
O Executivo finalmente fez o anúncio, apesar da ameaça dos partidos madheshi de retirar o apoio ao governo de coalizão do maoísta Partido Comunista do Nepal (CPN-MC, antiga guerrilha) e o Partido do Congresso e convocar um novo protesto se a Constituição, com cuja divisão administrativa não estão de acordo, não for reformada antes do pleito.
O desacordo sobre a carta magna, promulgada em 20 de setembro de 2015, levou esses partidos da região de Terai, a mais rica e que faz fronteira com a Índia, a impor um bloqueio, pelo qual Katmandu acusou Nova Délhi, que gerou uma crise econômica ainda pior que a causada pelo terremoto de abril desse mesmo ano.
"Isto é traição", comentou nesta segunda-feira com a Agência Efe Rajendra Shrestha, co-presidente do Fórum Nepal Sanghiya Samajbadi, um dos agrupamentos da plataforma de partidos da região de Terai SLMM, ao reagir à convocação das eleições locais.
"Agora intensificaremos os protestos e inclusive podemos retirar o apoio ao governo", acrescentou.
Os madheshi exigem que duas das sete províncias que contempla a Constituição fiquem sob seu controle e sejam formadas pelos 20 distritos dessa minoria, ao invés da única que tinham no texto original.
O governo concedeu em novembro do ano passado uma segunda província para 15 dos 20 distritos madheshi, uma solução que não contentou nem os sulistas nem os partidos opositores, que não estão de acordo com essas concessões.
Como a aliança de governo não reúne os dois terços dos 594 parlamentares necessários para fazer a reforma constitucional, a emenda se encontra paralisada no Legislativo.
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