Almagro diz que Cuba lhe negou entrada para recolher prêmio Oswaldo Payá
Washington, 22 fev (EFE).- O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, informou nesta quarta-feira que Cuba lhe negou visto de entrada no país para receber um prêmio em memória do dissidente cubano Oswaldo Payá, morto em 2012.
Almagro explicou em carta dirigida à filha de Payá, Rosa María, que o cônsul cubano em Washington indicou na quinta-feira que "nosso visto não seria aprovado" e que o motivo da visita era considerada "uma provocação inaceitável" pelas autoridades cubanas.
Além disso, afirmou que o governo cubano tinha mostrado "assombro pelo envolvimento do secretário-geral da OEA em atividades anti-cubanas".
Almagro tinha previsto receber um prêmio e participar de um ato de homenagem ao dissidente cubano Oswaldo Payá, organizado pela Rede Latino-Americana de Jovens pela Democracia, entidade presidida pela opositora Rosa María, filha do dissidente.
"Minha presença e a cerimônia do dia 22 de fevereiro não serão diferentes de outros eventos similares que ocorrem em outros países da região e nos quais participei e que são realizados sem que o governo os apoie necessariamente, mas sem censurá-los, porque são parte da tolerância dos sistemas e valores democráticos", acrescentou o secretário-geral da OEA.
Almagro ressaltou, além disso, que "minha única preocupação adicional é garantir que não exista nenhuma forma de repressão e nem represália sobre os organizadores do evento", algo que considerou "seria absolutamente injusto e indesejável".
As autoridades migratórias cubanas também proibiram a entrada à ilha do ex-presidente mexicano Felipe Calderón (2006-2012), que estava convidado próprio ato.
Nos últimos anos, Cuba e a OEA realizaram um processo de aproximação: em 2009, a organização levantou a suspensão de Cuba; em 2014 o antecessor de Almagro, José Manuel Insulza, se transformou no primeiro secretário-geral em viajar à ilha em cinco décadas; e em 2015 o país caribenho participou pela primeira vez em uma Cúpula das Américas, junto o resto de países do continente.
Cuba, membro da OEA desde sua criação em 1948, foi suspensa em 1962 após o triunfo da revolução liderada por Fidel Castro devido à adesão ao marxismo-leninismo no marco da Guerra Fria entre o bloco capitalista liderado pelos EUA e o comunista dirigido pela União Soviética.
Almagro explicou em carta dirigida à filha de Payá, Rosa María, que o cônsul cubano em Washington indicou na quinta-feira que "nosso visto não seria aprovado" e que o motivo da visita era considerada "uma provocação inaceitável" pelas autoridades cubanas.
Além disso, afirmou que o governo cubano tinha mostrado "assombro pelo envolvimento do secretário-geral da OEA em atividades anti-cubanas".
Almagro tinha previsto receber um prêmio e participar de um ato de homenagem ao dissidente cubano Oswaldo Payá, organizado pela Rede Latino-Americana de Jovens pela Democracia, entidade presidida pela opositora Rosa María, filha do dissidente.
"Minha presença e a cerimônia do dia 22 de fevereiro não serão diferentes de outros eventos similares que ocorrem em outros países da região e nos quais participei e que são realizados sem que o governo os apoie necessariamente, mas sem censurá-los, porque são parte da tolerância dos sistemas e valores democráticos", acrescentou o secretário-geral da OEA.
Almagro ressaltou, além disso, que "minha única preocupação adicional é garantir que não exista nenhuma forma de repressão e nem represália sobre os organizadores do evento", algo que considerou "seria absolutamente injusto e indesejável".
As autoridades migratórias cubanas também proibiram a entrada à ilha do ex-presidente mexicano Felipe Calderón (2006-2012), que estava convidado próprio ato.
Nos últimos anos, Cuba e a OEA realizaram um processo de aproximação: em 2009, a organização levantou a suspensão de Cuba; em 2014 o antecessor de Almagro, José Manuel Insulza, se transformou no primeiro secretário-geral em viajar à ilha em cinco décadas; e em 2015 o país caribenho participou pela primeira vez em uma Cúpula das Américas, junto o resto de países do continente.
Cuba, membro da OEA desde sua criação em 1948, foi suspensa em 1962 após o triunfo da revolução liderada por Fidel Castro devido à adesão ao marxismo-leninismo no marco da Guerra Fria entre o bloco capitalista liderado pelos EUA e o comunista dirigido pela União Soviética.
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