Unicef denuncia pobreza e fome de crianças causadas por guerra no Iêmen
Madri, 27 mar (EFE).- No momento em que a guerra no Iêmen chega a seu segundo ano, o Unicef divulgou um relatório nesta segunda-feira advertindo que a pobreza, a fome e as doenças roubam a infância das crianças deste país, e que as famílias recorrem a medidas cada vez mais extremas para manter seus filhos.
Com dados verificados das Nações Unidas, o relatório "Falling through the Cracks" ("Caindo pelas Fendas"), elaborado pelo Unicef, assegura que só no ano passado o número de crianças assassinadas aumentou de 900 para mais de 1.500, o de feridas quase se duplicou, passando de 1.300 a 2.450, e o de recrutadas se aproximou de 1.580, frente a 850 de um ano atrás.
O relatório indica também que os ataques a escolas se quadruplicaram, passando de 50 a 212, que os ataques a hospitais e instalações sanitárias aumentaram um terço, de 63 a 95, e que o número de crianças feridas e recrutadas se duplicou em um ano.
"A guerra no Iêmen segue custando a vida e o futuro das crianças", declarou Meritxell Relaño, representante do Unicef no Iêmen.
"A luta e a destruição incessantes já lhes marcaram por toda a vida. As famílias estão sem recursos e lutando para fazer frente à situação", acrescentou.
A agência da ONU lembra ainda que a violência debilitou muito os mecanismos de sobrevivência da população, o que levou o Iêmen a sofrer uma das maiores emergências de segurança alimentar e desnutrição do mundo.
O número de pessoas extremamente pobres e vulneráveis também disparou. Cerca de 80% das famílias estão com dívidas, e metade da população vive com menos de US$ 2 ao dia, segundo o relatório.
O documento denuncia que, à medida que os recursos familiares diminuem, mais e mais crianças são recrutadas pelas partes em conflito ou se veem obrigadas a casar-se.
"Cerca de 10 milhões de crianças estão sofrendo as consequências terríveis de um conflito que deve acabar. Temos que abrir os olhos perante o que estão vivendo diariamente e atuar antes que seja tarde" afirmou Javier Martos, diretor-executivo do Unicef Comitê Espanhol.
O sistema de saúde do Iêmen, de acordo com o relatório, "está à beira do colapso: cerca de 15 milhões de homens, mulheres e crianças não têm acesso a atendimento sanitário. O surto de cólera e de diarreia aquosa aguda que aconteceu em outubro de 2016 continua se estendendo".
Em nome das crianças do Iêmen, o Unicef faz um apelo para que sejam adotadas medidas urgentes, como uma solução política imediata que ponha fim à guerra, o fim das graves violações dos direitos das crianças e um aumento massivo e imediato da resposta para combater a desnutrição entre os menores e as mulheres grávidas.
"Devemos atuar agora para que as famílias deixem de estar à beira do abismo. Os riscos para as gerações vindouras são muito altos", concluiu Relaño.
O Iêmen completou hoje o segundo aniversário do início da ofensiva militar da coalizão árabe, liderada pela Arábia Saudita, em uma intervenção que generalizou o conflito, deixou milhares de mortos e levou o país mais pobre do Oriente Médio à beira da crise de fome.
O segundo aniversário da guerra também tirou hoje das ruas de Sana centenas de milhares de pessoas leais aos rebeldes houthis e ao ex-presidente iemenita Ali Abdullah Saleh.
Com dados verificados das Nações Unidas, o relatório "Falling through the Cracks" ("Caindo pelas Fendas"), elaborado pelo Unicef, assegura que só no ano passado o número de crianças assassinadas aumentou de 900 para mais de 1.500, o de feridas quase se duplicou, passando de 1.300 a 2.450, e o de recrutadas se aproximou de 1.580, frente a 850 de um ano atrás.
O relatório indica também que os ataques a escolas se quadruplicaram, passando de 50 a 212, que os ataques a hospitais e instalações sanitárias aumentaram um terço, de 63 a 95, e que o número de crianças feridas e recrutadas se duplicou em um ano.
"A guerra no Iêmen segue custando a vida e o futuro das crianças", declarou Meritxell Relaño, representante do Unicef no Iêmen.
"A luta e a destruição incessantes já lhes marcaram por toda a vida. As famílias estão sem recursos e lutando para fazer frente à situação", acrescentou.
A agência da ONU lembra ainda que a violência debilitou muito os mecanismos de sobrevivência da população, o que levou o Iêmen a sofrer uma das maiores emergências de segurança alimentar e desnutrição do mundo.
O número de pessoas extremamente pobres e vulneráveis também disparou. Cerca de 80% das famílias estão com dívidas, e metade da população vive com menos de US$ 2 ao dia, segundo o relatório.
O documento denuncia que, à medida que os recursos familiares diminuem, mais e mais crianças são recrutadas pelas partes em conflito ou se veem obrigadas a casar-se.
"Cerca de 10 milhões de crianças estão sofrendo as consequências terríveis de um conflito que deve acabar. Temos que abrir os olhos perante o que estão vivendo diariamente e atuar antes que seja tarde" afirmou Javier Martos, diretor-executivo do Unicef Comitê Espanhol.
O sistema de saúde do Iêmen, de acordo com o relatório, "está à beira do colapso: cerca de 15 milhões de homens, mulheres e crianças não têm acesso a atendimento sanitário. O surto de cólera e de diarreia aquosa aguda que aconteceu em outubro de 2016 continua se estendendo".
Em nome das crianças do Iêmen, o Unicef faz um apelo para que sejam adotadas medidas urgentes, como uma solução política imediata que ponha fim à guerra, o fim das graves violações dos direitos das crianças e um aumento massivo e imediato da resposta para combater a desnutrição entre os menores e as mulheres grávidas.
"Devemos atuar agora para que as famílias deixem de estar à beira do abismo. Os riscos para as gerações vindouras são muito altos", concluiu Relaño.
O Iêmen completou hoje o segundo aniversário do início da ofensiva militar da coalizão árabe, liderada pela Arábia Saudita, em uma intervenção que generalizou o conflito, deixou milhares de mortos e levou o país mais pobre do Oriente Médio à beira da crise de fome.
O segundo aniversário da guerra também tirou hoje das ruas de Sana centenas de milhares de pessoas leais aos rebeldes houthis e ao ex-presidente iemenita Ali Abdullah Saleh.
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