ONU diz que mais de 300 pessoas morreram no oeste de Mossul desde fevereiro
Genebra, 28 mar (EFE).- Pelo menos 307 pessoas morreram no oeste de Mossul entre 17 de fevereiro e 22 de março e outras 273 ficaram feridas como consequência de ataques do Estado Islâmico (EI) e bombardeios aéreos, informou nesta terça-feira o alto comissário da ONU para Direitos Humanos, Zeid Ra'ad Al-Hussein.
O incidente mais mortal aconteceu no dia 17 quando um ataque aéreo, supostamente dirigido a franco-atiradores do EI e seus equipamentos, alcançou um casa em Al Jadida, no oeste de Mossul, segundo dados do Escritório do Alto Comissariado e a Missão de Assistência da ONU no Iraque.
Estes dados provêm dos testemunhos de pessoas que puderam escapar dos combates e que contam um padrão que se repetiu em múltiplas ocasiões e que provocou a morte de centenas de civis, segundo explicou em entrevista coletiva Rupert Colville, porta-voz do alto comissário.
Segundo estes testemunhos, os jihadistas do Estado Islâmico obrigaram os civis a permanecerem em suas casas, "em muitos casos inclusive predendo eles dentro do imóvel", enquanto eles se posicionavam com armamento nos tetos das casas.
Após detectá-los, as forças da coalizão bombardeavam os edifícios matando os milicianos, mas também os civis, que se não morriam após o bombardeio, também perdiam a vida com a explosão de artefatos improvisados colocados pelos jihadistas.
O alto comissário condenou hoje em comunicado as ações do EI, mas também advertiu à coalizão internacional liderada pelos EUA que tem que ter muito cuidado ao planejar seus ataques.
"A estratégia do EI de usar crianças, mulheres e homens para se proteger dos ataques é covarde e vergonhosa. Vai contra os mais básicos padrões de dignidade humana e moralidade. Sob a lei internacional, estes atos podem constituir um crime de guerra", afirmou Zeid.
Ao mesmo tempo, advertiu que "a conduta das operações militares em áreas densamente povoadas continua pondo em grave risco os civis que ficam nestas áreas".
Zeid pediu às Forças de Segurança iraquianas e aos parceiros da coalizão internacional que lutam contra o EI que "revisem suas ações para que cumpram com a lei humanitária internacional e que apliquem os princípios de precaução em prol de minimizar as vítimas civis".
O governo do Iraque e as forças da coalizão se comprometeram a realizar investigações dos incidentes mais graves onde houve muitas vítimas mortais.
"Estas investigações devem ser minuciosas, profundas e transparentes, devem estabelecer quantas mortes civis houve e fazê-las públicas", urgiu o alto comissário.
As testemunhas também acusaram os milicianos do EI de deslocamentos forçados dentro da cidade e de usar os civis como escudos humanos ao se deslocar pela cidade com eles ao lado.
"Os milicianos dizem aos civis que o melhor que pode acontecer é morrer pelo califado", concluiu Colville.
O incidente mais mortal aconteceu no dia 17 quando um ataque aéreo, supostamente dirigido a franco-atiradores do EI e seus equipamentos, alcançou um casa em Al Jadida, no oeste de Mossul, segundo dados do Escritório do Alto Comissariado e a Missão de Assistência da ONU no Iraque.
Estes dados provêm dos testemunhos de pessoas que puderam escapar dos combates e que contam um padrão que se repetiu em múltiplas ocasiões e que provocou a morte de centenas de civis, segundo explicou em entrevista coletiva Rupert Colville, porta-voz do alto comissário.
Segundo estes testemunhos, os jihadistas do Estado Islâmico obrigaram os civis a permanecerem em suas casas, "em muitos casos inclusive predendo eles dentro do imóvel", enquanto eles se posicionavam com armamento nos tetos das casas.
Após detectá-los, as forças da coalizão bombardeavam os edifícios matando os milicianos, mas também os civis, que se não morriam após o bombardeio, também perdiam a vida com a explosão de artefatos improvisados colocados pelos jihadistas.
O alto comissário condenou hoje em comunicado as ações do EI, mas também advertiu à coalizão internacional liderada pelos EUA que tem que ter muito cuidado ao planejar seus ataques.
"A estratégia do EI de usar crianças, mulheres e homens para se proteger dos ataques é covarde e vergonhosa. Vai contra os mais básicos padrões de dignidade humana e moralidade. Sob a lei internacional, estes atos podem constituir um crime de guerra", afirmou Zeid.
Ao mesmo tempo, advertiu que "a conduta das operações militares em áreas densamente povoadas continua pondo em grave risco os civis que ficam nestas áreas".
Zeid pediu às Forças de Segurança iraquianas e aos parceiros da coalizão internacional que lutam contra o EI que "revisem suas ações para que cumpram com a lei humanitária internacional e que apliquem os princípios de precaução em prol de minimizar as vítimas civis".
O governo do Iraque e as forças da coalizão se comprometeram a realizar investigações dos incidentes mais graves onde houve muitas vítimas mortais.
"Estas investigações devem ser minuciosas, profundas e transparentes, devem estabelecer quantas mortes civis houve e fazê-las públicas", urgiu o alto comissário.
As testemunhas também acusaram os milicianos do EI de deslocamentos forçados dentro da cidade e de usar os civis como escudos humanos ao se deslocar pela cidade com eles ao lado.
"Os milicianos dizem aos civis que o melhor que pode acontecer é morrer pelo califado", concluiu Colville.
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