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Procurado pela polícia francesa, suspeito de ataque é apresentado na Bélgica

Mulher deposita uma flor no local onde ocorreu o tiroteio na avenida Champs-Élysées - Philippe Lopez/APF Photo
Mulher deposita uma flor no local onde ocorreu o tiroteio na avenida Champs-Élysées Imagem: Philippe Lopez/APF Photo

Em Paris

21/04/2017 06h11

Um homem suspeito de ter relações com o atentado ocorrido na quinta-feira (20) em Paris foi apresentado nesta sexta (21) em uma delegacia de polícia da Antuérpia, na Bélgica, segundo informações do Ministério do Interior francês. Autoridades da França tinham emitido um mandado de prisão contra ele.

O porta-voz do Ministério, Pierre-Henry Brandet, citado pela emissora France Info, disse que era o homem apontado pelo serviço secreto belga, depois do ataque na avenida Champs-Élysées, onde um policial foi assassinado e outros dois agentes ficaram feridos, antes que o autor dos disparos fosse morto pelas forças de segurança.

As buscas começaram logo depois que o Estado Islâmico (EI) assumiu a autoria do ataque e o atribuiu a um de seus "combatentes", identificado como o belga Abu Yusef.

A emissora de televisão BFMTV afirmou que o indivíduo apontado pelo serviço belga também se chama Yusef.

A possibilidade de que houvesse um suposto terrorista vinculado ao ataque de ontem fez a candidata à Presidência, a líder da extrema direita Marine Le Pen, dizer que teme um novo atentado antes das eleições.

Sobre o autor do ataque, Brandet não quis revelar a identidade do terrorista que cometeu o atentado, para preservar as investigações que vem sendo realizadas.

No entanto, três conhecidos do autor do ataque estavam sendo interrogados nesta sexta, segundo a BFMTV.

Pelas informações filtradas pela imprensa, se trata de um francês, de 39 anos, morador de Livry-Gargan, na periferia de Paris.

Ele já tinha sido condenado a 15 anos de prisão em 2005, já que, quatro anos antes, havia baleado um policial após ter se envolvido em um acidente de trânsito.

Dois dias depois, quando já estava preso, feriu gravemente um outro policial, levando ele para fora de sua cela ao roubar sua arma.

Brandet não quis confirmar se o terrorista era fichado pelos serviços secretos, afirmando que ele tinha sido detido em 23 de fevereiro deste ano, mas colocado em liberdade por falta de provas.

Já fontes judiciais confirmaram para a France Info que, no carro utilizado pelo terrorista para chegar ao local do ataque, foram encontrados um fuzil e armas brancas.