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Putin acredita em melhora nas relações com EUA e nega ingerência eleitoral

08/07/2017 12h53

Hamburgo (Alemanha), 8 jul (EFE).- O presidente da Rússia, Vladimir Putin, declarou neste sábado em Hamburgo que, após se reunir com o presidente americano, Donald Trump, acredita em uma melhora das relações com os Estados Unidos, e insistiu que não houve ingerência russa nas eleições americanas.

"Acho que se vamos melhorar nossas relações da mesma maneira em que discorreu a nossa conversa, existem todas as bases para supor que poderemos restabelecer, ainda que parcialmente, o nível de interação que necessitamos", disse Putin em coletiva de imprensa ao final da Cúpula do G20.

A respeito do presidente americano, o governante russo comentou que "o Trump da televisão se diferencia muito da pessoa real" e detalhou que "percebe adequadamente o interlocutor, analisa com rapidez, responde às perguntas e aos elementos que surgem na discussão". No que se refere às relações pessoais com Trump, o líder russo considerou que elas "têm se estabelecido".

Putin também relatou que Trump apresentou não apenas uma, mas várias perguntas sobre o assunto da suposta ingerência da Rússia nas eleições americanas.

"A nossa posição é bem conhecida. Já repeti: não há nenhuma base para considerar que a Rússia interferiu no processo eleitoral", ressaltou Putin, que acrescentou que, ao seu parecer, Trump "ficou satisfeito com as respostas".

Questionado se Moscou planeja não interferir nas eleições gerais alemãs de 24 de setembro, Putin respondeu que, se a Rússia não fez isso nos Estados Unidos, não teria motivos para fazer na Alemanha e enfatizou as "boas relações" com a Alemanha, o principal sócio comercial na Europa e um dos principais no mundo, com o qual compartilha e tem grandes projetos, como o novo gasoduto Nord Stream II.

Putin se referiu também à proposta de Trump à Polônia e aos países da Europa Central e do Leste de fornecer gás liquidificado para reduzir sua dependência energética da Rússia e ressaltou a defesa de Moscou dos mercados abertos e da livre concorrência, sempre que não se politize. Neste contexto, destacou que a Rússia tem uma "clara vantagem comparativa" porque seu gás é mais barato. EFE

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