Juiz americano bloqueia deportação de 1,4 mil iraquianos
Um juiz federal dos Estados Unidos bloqueou na terça-feira (11) a deportação de mais de 1,4 mil iraquianos, muitos deles cristãos, que alegavam que seriam perseguidos e expulsos dos EUA.
Alguns destes 1,4 mil iraquianos têm ordens de deportação há anos, inclusive décadas, mas a negativa do Iraque de aceitá-los permitiu a permanência em solo americano.
A sua situação, no entanto, mudou em março deste ano quando o Iraque concordou em recebê-los, após acordo selado pelo novo presidente dos EUA, Donald Trump.
Embora a maioria dos 1,4 mil iraquianos siga foragida, as autoridades migratórias detiveram no mês passado 199 deles, a maior parte em Detroit (Michigan) e Nashville (Tennessee), com a intenção de deportá-los de imediato.
Os EUA argumentam que cometeram crimes graves, de homicídios a delitos relacionados com drogas ou armas.
Os detidos, no entanto, entraram com uma ação com a União Americana pelas Liberdades Civis (ACLU, sigla em inglês), principal organização dos direitos civis no país, para parar as deportações.
Eles alegaram que, pela sua condição de minorias (muitos deles são católicos caldeus e curdos), estariam em risco de perseguição.
Em sua decisão, o juiz Mark Goldsmith disse que, deportando os iraquianos, eles ficariam expostos "a um risco comprovado de morte, tortura ou outras graves perseguições antes que as suas demandas legais sejam estudadas em tribunais" migratórios.
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