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Prefeito de Hamburgo pede perdão por fracassado plano de segurança para o G20

12/07/2017 10h58

Berlim, 12 jul (EFE).- O prefeito de Hamburgo, o social-democrata Olaf Scholz, pediu perdão nesta quarta-feira pelo fracassado plano de segurança desenhado para a cúpula do G20, realizada na semana passada, na qual foram registrados violentos distúrbios que deixaram feridos quase 500 policiais.

Em uma declaração de governo perante a câmara da cidade-estado, o prefeito disse que tinha garantido aos cidadãos que velaria pela segurança e afirmou que tinha se convencido de que tinham tomado todas as medidas necessárias.

"Peço perdão aos cidadãos de Hamburgo por não ter sido capaz de garantir a ordem pública", declarou Scholz, que disse que como prefeito se sente responsável no que diz respeito à segurança.

A obrigação agora é "analisar detalhadamente" as razões pelas quais não foi possível garantir a segurança durante a cúpula.

Scholz disse que antes da cúpula muitos criticaram o plano de segurança desenhado por ser muito "pessimista" e que depois fizeram cara "ingênuos".

Uma "multidão criminosa" que só pensava em violência e destruição" e que usou "táticas de guerrilha" é a única culpada pelo ocorrido, disse o prefeito, ainda que sublinhou que são cúmplices também aqueles que minimizam os distúrbios e não se distanciam deles.

Scholz elogiou o papel dos mais de 20 mil agentes desdobrados para velar pela segurança durante a cúpula.

Nesse sentido, expressou seu convencimento de que a "atuação altamente profissional e heroica da polícia" deve ser a base para fazer a análise necessária do ocorrido.

Apesar dos distúrbios, voltou a defender a escolha de Hamburgo como cidade para acolher a cúpula do G20, porque, assegurou, as conversas entre governos são importantes e porque durante a mesma houve progressos.

Se uma cúpula não se pode realizada em Hamburgo, tampouco é possível fazê-la em nenhuma outra cidade da Europa ocidental, acrescentou.

"Não devemos e não podemos ser chantageados pelos violentos", disse Schulz, ao mesmo tempo que chamou todos os democratas a se distanciar da esquerda radical.