Procuradora da Venezuela diz que Constituinte trará totalitarismo ao país
Caracas, 29 jul (EFE).- A procuradora-geral da Venezuela, Luisa Ortega Díaz, alertou em entrevista neste sábado sobre os riscos da Assembleia Nacional Constituinte, que terá seus representantes eleitos amanhã, representar a instauração de um sistema "personalista e totalitário".
"Esse domingo vai decidir se seguimos existindo como república ou se será instaurado um sistema personalista e totalitário", afirmou a procuradora, que se opõe à Constituinte por considerá-la ilegal e desnecessária, em entrevista ao site local "Crónica Uno".
"Nós estamos decidindo o futuro do país, a existência do Estado de direito como conhecemos desde a segunda metade do século XX. Com seus erros e acertos, o sistema democrático é o que nos permite dirimir nossas diferenças de forma civilizada", explicou.
A procuradora-geral alertou que qualquer proposta diferente de um sistema democrático não contribui para a construção de convivência. Por isso, Díaz Ortega pediu ao presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, que ouça o povo e suspenda a Constituinte.
"Ainda há tempo para fazê-lo", sugeriu.
Díaz Ortega também disse temer que a violência se exacerbe dentro dos protestos contra o processo de Maduro para mudar a Constituição. E pediu que o governo e a oposição apostem no diálogo, algo que considera fundamental para solucionar a crise da Venezuela.
"Os atores políticos do governo e da oposição devem entender que não podem pretender substituir a política pela guerra, que devemos aceitar a existência um do outro. O governo de Maduro está em um estado de negação da realidade", disse a procuradora.
Sobre o anúncio da ex-chanceler e candidata à Assembleia Nacional Constituinte, Delcy Rodríguez, que irá promete propor modificar as competências do Ministério Público, Díaz Ortega considerou as declarações como uma falta de "cultura política" e acusou Rodríguez de querer destruir o órgão por discordar dela.
Antes aliada do chavismo, Díaz Ortega se transformou em uma das vozes mais críticas ao governo de Maduro, a quem acusou de praticar "terrorismo de Estado" e de transformar a Venezuela em um "Estado policial".
A oposição, a própria procuradora e importantes líderes da sociedade venezuelana criticam a Assembleia Nacional Constituinte convocada pelo governo.
A Venezuela vive desde abril uma onda de protestos contra Maduro. Algumas das manifestações acabaram em confrontos que já deixaram 109 mortos e mais de 5 mil detidos.
"Esse domingo vai decidir se seguimos existindo como república ou se será instaurado um sistema personalista e totalitário", afirmou a procuradora, que se opõe à Constituinte por considerá-la ilegal e desnecessária, em entrevista ao site local "Crónica Uno".
"Nós estamos decidindo o futuro do país, a existência do Estado de direito como conhecemos desde a segunda metade do século XX. Com seus erros e acertos, o sistema democrático é o que nos permite dirimir nossas diferenças de forma civilizada", explicou.
A procuradora-geral alertou que qualquer proposta diferente de um sistema democrático não contribui para a construção de convivência. Por isso, Díaz Ortega pediu ao presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, que ouça o povo e suspenda a Constituinte.
"Ainda há tempo para fazê-lo", sugeriu.
Díaz Ortega também disse temer que a violência se exacerbe dentro dos protestos contra o processo de Maduro para mudar a Constituição. E pediu que o governo e a oposição apostem no diálogo, algo que considera fundamental para solucionar a crise da Venezuela.
"Os atores políticos do governo e da oposição devem entender que não podem pretender substituir a política pela guerra, que devemos aceitar a existência um do outro. O governo de Maduro está em um estado de negação da realidade", disse a procuradora.
Sobre o anúncio da ex-chanceler e candidata à Assembleia Nacional Constituinte, Delcy Rodríguez, que irá promete propor modificar as competências do Ministério Público, Díaz Ortega considerou as declarações como uma falta de "cultura política" e acusou Rodríguez de querer destruir o órgão por discordar dela.
Antes aliada do chavismo, Díaz Ortega se transformou em uma das vozes mais críticas ao governo de Maduro, a quem acusou de praticar "terrorismo de Estado" e de transformar a Venezuela em um "Estado policial".
A oposição, a própria procuradora e importantes líderes da sociedade venezuelana criticam a Assembleia Nacional Constituinte convocada pelo governo.
A Venezuela vive desde abril uma onda de protestos contra Maduro. Algumas das manifestações acabaram em confrontos que já deixaram 109 mortos e mais de 5 mil detidos.
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