Alto-comissário da ONU considera que Trump incita à violência contra imprensa
Genebra, 30 ago (EFE).- O alto-comissário da ONU para os direitos humanos, Zeid Ra'ad al Hussein, considerou nesta quarta-feira que os constantes comentários do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, com ataques aos meios de comunicação e aos jornalistas, constituem uma incitação à violência.
"Referir-se aos jornalistas em um grande ato político como gente muito má e desonesta... não é preciso ter muita imaginação para saber o que pode acontecer aos jornalistas", opinou Zeid em uma coletiva de imprensa.
O alto-comissário considerou que isto é particularmente perturbador por se tratar de um país que é considerado tradicionalmente como um modelo de democracia.
"É muito preocupante, pois se isto acontece nos Estados Unidos, imaginemos o que pode acontecer em outros países onde há um menor reconhecimento do papel da imprensa na sociedade", opinou o diplomata jordaniano.
O alto-comissário lembrou que, em mais de uma ocasião, expressou sua preocupação por comentários de Trump "sobre as mulheres, sobre os mexicanos e sobre o fato de ter zombado publicamente de uma pessoa incapacitada".
"O presidente repetiu ataques contra três das mais respeitadas organizações de imprensa do mundo, referindo-se a elas como mentirosas e, mais recentemente, foi tão longe ao ponto de chamá-las de desonestas, o que é tremendamente prejudicial", lamentou Zeid.
Ainda mais grave, segundo o diplomata, são as referências que Trump fez de determinados jornalistas e se perguntou se isto não pode ser considerado uma forma de incitação a ataques contra profissionais da informação.
"Imaginemos que um jornalista de algum destes meios de comunicação é atacado. Não teria o presidente responsabilidade?", comentou o diplomata.
"Referir-se aos jornalistas em um grande ato político como gente muito má e desonesta... não é preciso ter muita imaginação para saber o que pode acontecer aos jornalistas", opinou Zeid em uma coletiva de imprensa.
O alto-comissário considerou que isto é particularmente perturbador por se tratar de um país que é considerado tradicionalmente como um modelo de democracia.
"É muito preocupante, pois se isto acontece nos Estados Unidos, imaginemos o que pode acontecer em outros países onde há um menor reconhecimento do papel da imprensa na sociedade", opinou o diplomata jordaniano.
O alto-comissário lembrou que, em mais de uma ocasião, expressou sua preocupação por comentários de Trump "sobre as mulheres, sobre os mexicanos e sobre o fato de ter zombado publicamente de uma pessoa incapacitada".
"O presidente repetiu ataques contra três das mais respeitadas organizações de imprensa do mundo, referindo-se a elas como mentirosas e, mais recentemente, foi tão longe ao ponto de chamá-las de desonestas, o que é tremendamente prejudicial", lamentou Zeid.
Ainda mais grave, segundo o diplomata, são as referências que Trump fez de determinados jornalistas e se perguntou se isto não pode ser considerado uma forma de incitação a ataques contra profissionais da informação.
"Imaginemos que um jornalista de algum destes meios de comunicação é atacado. Não teria o presidente responsabilidade?", comentou o diplomata.
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