Deputados do novo Bundestag elaboram estratégia para lidar com a ultradireita
Elena Garuz.
Berlim, 26 set (EFE).- Grupos parlamentares que venceram as eleições do último domingo na Alemanha se reuniram nesta terça-feira pela primeira vez para elaborar suas estratégias de atuação no Bundestag, o parlamento do país, o mais diversos das últimas décadas com a chegada da ultradireista Alternativa para a Alemanha (AfD) e a volta do Partido Liberal.
Os deputados da AfD realizaram sua primeira reunião após se tornarem a terceira força do Bundestag, com 12,6% dos votos, sob o impacto da decisão tomada ontem pela copresidente do partido, Frauke Petry, de manter sua cadeira de deputada como independente.
Petry, a única ausente dos 94 da legenda, anunciou hoje em Dresden, capital da Saxônia, estado federal pelo qual foi eleito, a decisão de abandonar a AfD, mas não explicou quando.
O líder da AfD nas últimas eleições gerais, Alexander Gauland, disse ter esperança de não haver mais abandonos no grupo parlamentar. Alice Weidel, que comandou o partido deste pleito, afirmou que não vislumbra essa tendência na legenda.
O grupo conservador da chanceler Angela Merkel, formado pela União Democrata-Cristã (CDU) e pela ala bávara, a União Social-Cristã (CSU), começou as negociações para conseguir alianças para formar um governo estável após a vitória com 32,9% dos votos.
A reedição de uma grande coalizão com o Partido Social-Democrata (SPD), como ocorreu na última legislatura, está praticamente descartada. O chefe do grupo parlamentar do partido, Thomas Oppermann, confirmou que o SPD estará na oposição, como já tinha antecipado Martin Schulz, líder da legenda.
"Interpretamos os resultados de forma unívoca. Os eleitores puniram a grande coalizão e indicaram que o lugar do SPD está na oposição", disse Oppermann sobre o resultado do pleito, no qual o partido obteve 20,5%, seu pior resultado na história.
A única alternativa para a Merkel é formar uma coalizão com Os Verdes e o Partido Liberal, já que uma aliança dom os outros dois partidos com representação no Bundestag - a AfD e A Esquerda - foi descartada taxativamente pela chanceler durante a campanha.
No entanto, as negociações para formar a coalizão, batizada como "Jamaica" por causa das cores dos partidos envolvidos, estão sendo difíceis por causa das diferenças entre os programas políticos.
"Se conseguimos nos enquadrar em questões de conteúdo, haverá uma coalizão tripartidária. Se não for possível, então não", afirmou hoje Anton Hofreiter, líder do partido Os Verdes, que afirmou que seu partido, que teve 8,9% dos votos, começará as negociações com um espírito "muito construtivo".
O líder do Partido Liberal, Christian Lindner, já tinha assinalado ontem que não deixaria se pressionar para formar um governo só porque o SPD, por "razões táticas", foi para a oposição.
Os liberais, parceiros de Merkel no segundo mandato da chanceler, tinham ficado de fora do Bundestag nas eleições de 2013, quando não ultrapassaram a cláusula de barreira de 5% dos votos. Agora, o partido foi votado por 10,7% dos eleitores alemães.
Todos os grupos parlamentares, no entanto, se uniram em destacar o desafio representado pela chegada da AfD ao Bundestag. Opperman, por exemplo, disse que não se deixará provocar pelos ultradireitistas e que não tolerará que o Legislativo se torne um palco para que os radicais divulguem mensagens racistas.
Berlim, 26 set (EFE).- Grupos parlamentares que venceram as eleições do último domingo na Alemanha se reuniram nesta terça-feira pela primeira vez para elaborar suas estratégias de atuação no Bundestag, o parlamento do país, o mais diversos das últimas décadas com a chegada da ultradireista Alternativa para a Alemanha (AfD) e a volta do Partido Liberal.
Os deputados da AfD realizaram sua primeira reunião após se tornarem a terceira força do Bundestag, com 12,6% dos votos, sob o impacto da decisão tomada ontem pela copresidente do partido, Frauke Petry, de manter sua cadeira de deputada como independente.
Petry, a única ausente dos 94 da legenda, anunciou hoje em Dresden, capital da Saxônia, estado federal pelo qual foi eleito, a decisão de abandonar a AfD, mas não explicou quando.
O líder da AfD nas últimas eleições gerais, Alexander Gauland, disse ter esperança de não haver mais abandonos no grupo parlamentar. Alice Weidel, que comandou o partido deste pleito, afirmou que não vislumbra essa tendência na legenda.
O grupo conservador da chanceler Angela Merkel, formado pela União Democrata-Cristã (CDU) e pela ala bávara, a União Social-Cristã (CSU), começou as negociações para conseguir alianças para formar um governo estável após a vitória com 32,9% dos votos.
A reedição de uma grande coalizão com o Partido Social-Democrata (SPD), como ocorreu na última legislatura, está praticamente descartada. O chefe do grupo parlamentar do partido, Thomas Oppermann, confirmou que o SPD estará na oposição, como já tinha antecipado Martin Schulz, líder da legenda.
"Interpretamos os resultados de forma unívoca. Os eleitores puniram a grande coalizão e indicaram que o lugar do SPD está na oposição", disse Oppermann sobre o resultado do pleito, no qual o partido obteve 20,5%, seu pior resultado na história.
A única alternativa para a Merkel é formar uma coalizão com Os Verdes e o Partido Liberal, já que uma aliança dom os outros dois partidos com representação no Bundestag - a AfD e A Esquerda - foi descartada taxativamente pela chanceler durante a campanha.
No entanto, as negociações para formar a coalizão, batizada como "Jamaica" por causa das cores dos partidos envolvidos, estão sendo difíceis por causa das diferenças entre os programas políticos.
"Se conseguimos nos enquadrar em questões de conteúdo, haverá uma coalizão tripartidária. Se não for possível, então não", afirmou hoje Anton Hofreiter, líder do partido Os Verdes, que afirmou que seu partido, que teve 8,9% dos votos, começará as negociações com um espírito "muito construtivo".
O líder do Partido Liberal, Christian Lindner, já tinha assinalado ontem que não deixaria se pressionar para formar um governo só porque o SPD, por "razões táticas", foi para a oposição.
Os liberais, parceiros de Merkel no segundo mandato da chanceler, tinham ficado de fora do Bundestag nas eleições de 2013, quando não ultrapassaram a cláusula de barreira de 5% dos votos. Agora, o partido foi votado por 10,7% dos eleitores alemães.
Todos os grupos parlamentares, no entanto, se uniram em destacar o desafio representado pela chegada da AfD ao Bundestag. Opperman, por exemplo, disse que não se deixará provocar pelos ultradireitistas e que não tolerará que o Legislativo se torne um palco para que os radicais divulguem mensagens racistas.
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