Panamenhos fazem panelaço para pedir fim da impunidade no caso Odebrecht
Cidade do Panamá, 27 out (EFE).- Pelo menos cem pessoas protagonizaram nesta sexta-feira um panelaço em frente à Suprema Corte do Panamá para protestar contra algumas das atuações do tribunal no caso Odebrecht e exigir que todos os panamenhos que receberam propinas da construtora sentem no banco dos réus.
"Se nós não dissermos 'basta', os políticos não o farão. Ninguém vai tirar o nosso país da podridão se não houver pressão da população. Se deixarmos isso acontecer e não fizermos nada, não poderemos voltar atrás", alertou Meritzchabel Carretero, uma panamenha que aproveitou a hora do almoço no trabalho para comparecer ao protesto.
"Já estamos muito cansados. Esta é uma oportunidade histórica para limpar o nosso país da corrupção, mas falta vontade política", opinou, por sua vez, o manifestante Carlos Abadía.
As críticas contra a Justiça panamenha por supostamente tentar impedir a investigação do caso Odebrecht aumentaram nesta semana, após a polêmica decisão do 12º Juizado do Circuito Penal de se negar a aprovar uma nova prorrogação pedida pela Procuradoria em um caso de lavagem de dinheiro relacionado à Odebrecht.
Tal decisão inclusive provocou a reação da primeira-dama, Lorena Castillo de Varela, que nas redes sociais pediu a prisão do presidente do Supremo, José Ayú Prado.
Esse mesmo Juizado suspendeu na quinta-feira, por supostos problemas técnicos, uma audiência pública na qual tinha que validar o acordo entre a Promotoria e Odebrecht, no qual a multinacional se compromete a pagar uma multa de US$ 220 milhões e a fornecer informações sobre os crimes cometidos no país.
Essa suspensão foi recebida com indignação pelo Ministério Público e diversos movimentos sociais, já que estava previsto que durante esta audiência seriam conhecidos os detalhes desse acordo e alguns dos nomes dos funcionários panamenhos que supostamente receberam dinheiro da construtora.
"O maior caso de corrupção na história da América Latina não pode ficar impune. Se este caso for enterrado, o Panamá passará por tempos de instabilidade", disse o comunicador panamenho e candidato independente à presidência da República, Ricardo Lombana.
O protesto, que transcorreu sem incidentes, foi convocado por organizações sociais, entre elas a Transparência Internacional, o movimento Juntos Decidimos e a Aliança Cidadã Pró-Justiça.
Desde que as investigações começaram, em 2015, pelo menos US$ 56 milhões foram retidos em diferentes contas na Suíça, Andorra e Panamá, e foram expropriados um helicóptero e um luxuoso apartamento na Espanha.
Até agora, foram acusadas 63 pessoas, a maioria com a identidade preservada, exceto as de dois filhos do ex-presidente Ricardo Martinelli (2009-2014), que foram reveladas na imprensa local.
"Se nós não dissermos 'basta', os políticos não o farão. Ninguém vai tirar o nosso país da podridão se não houver pressão da população. Se deixarmos isso acontecer e não fizermos nada, não poderemos voltar atrás", alertou Meritzchabel Carretero, uma panamenha que aproveitou a hora do almoço no trabalho para comparecer ao protesto.
"Já estamos muito cansados. Esta é uma oportunidade histórica para limpar o nosso país da corrupção, mas falta vontade política", opinou, por sua vez, o manifestante Carlos Abadía.
As críticas contra a Justiça panamenha por supostamente tentar impedir a investigação do caso Odebrecht aumentaram nesta semana, após a polêmica decisão do 12º Juizado do Circuito Penal de se negar a aprovar uma nova prorrogação pedida pela Procuradoria em um caso de lavagem de dinheiro relacionado à Odebrecht.
Tal decisão inclusive provocou a reação da primeira-dama, Lorena Castillo de Varela, que nas redes sociais pediu a prisão do presidente do Supremo, José Ayú Prado.
Esse mesmo Juizado suspendeu na quinta-feira, por supostos problemas técnicos, uma audiência pública na qual tinha que validar o acordo entre a Promotoria e Odebrecht, no qual a multinacional se compromete a pagar uma multa de US$ 220 milhões e a fornecer informações sobre os crimes cometidos no país.
Essa suspensão foi recebida com indignação pelo Ministério Público e diversos movimentos sociais, já que estava previsto que durante esta audiência seriam conhecidos os detalhes desse acordo e alguns dos nomes dos funcionários panamenhos que supostamente receberam dinheiro da construtora.
"O maior caso de corrupção na história da América Latina não pode ficar impune. Se este caso for enterrado, o Panamá passará por tempos de instabilidade", disse o comunicador panamenho e candidato independente à presidência da República, Ricardo Lombana.
O protesto, que transcorreu sem incidentes, foi convocado por organizações sociais, entre elas a Transparência Internacional, o movimento Juntos Decidimos e a Aliança Cidadã Pró-Justiça.
Desde que as investigações começaram, em 2015, pelo menos US$ 56 milhões foram retidos em diferentes contas na Suíça, Andorra e Panamá, e foram expropriados um helicóptero e um luxuoso apartamento na Espanha.
Até agora, foram acusadas 63 pessoas, a maioria com a identidade preservada, exceto as de dois filhos do ex-presidente Ricardo Martinelli (2009-2014), que foram reveladas na imprensa local.
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