Ministro português incentiva Brasil a "olhar melhor" para países da CPLP
São Paulo, 23 nov (EFE).- O ministro de Negócios Estrangeiros de Portugal, Augusto Santos, afirmou nesta quarta-feira que o Brasil é "a maior força da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP)" e o incentivou a "olhar melhor" para os países membros da organização a fim de estimular relações econômicas e reforçar a cooperação.
"É um encorajamento ao Brasil, a grande força demográfica, econômica e geopolítica da CPLP, já que a dinâmica demográfica está no hemisfério sul. O Brasil é um país quase continental, Angola e Moçambique passarão neste século dos 100 milhões de habitantes, com investidores no futuro, e isso quer dizer que os políticos devem olhar para o futuro da CPLP também, algo muito relevante", afirmou.
Em um encontro em São Paulo com investidores brasileiros na Câmara Portuguesa, Santos destacou o papel da CPLP, formada por nove nações - Brasil, Portugal, Angola, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e Timor Leste - como uma organização de "força institucional" e "instrumental" frente a outras instituições como União Europeia (UE) e Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Santos ressaltou ainda a importância econômica do Brasil em Portugal, especialmente para alavancar o setor aéreo, no qual a companhia Azul foi a maior parceira para aumentar o fluxo de entrada e saída entre os dois países.
"Nunca nos esquecemos que o investimento brasileiro foi absolutamente essencial para o salto tecnológico que a indústria portuguesa deu na aeronáutica e na indústria da defesa. O Brasil continua ser um parceiro econômico excepcional, sendo um dos nossos maiores dez parceiros e continua a ser um mercado potencial enorme para investir", reforçou o ministro.
No momento, o Brasil investe mais em Portugal do que o inverso, e para o ministro essa dinâmica se deve "à capacidade dos parceiros econômicos resistirem (a crises) e aproveitarem novas oportunidades".
"O comércio externo de Portugal para o Brasil caiu em 2016 por dificuldades com o governo brasileiro. A partir do momento em que os sinais de retomada do Brasil começaram a aparecer, houve crescimento na ordem de 20%, 30% e 40% das exportações lusas para o Brasil", explicou.
Santos acrescentou que o relacionamento econômico com o governo brasileiro continua independente de quem está no poder, com o objetivo de fortalecer a política externa e a cooperação internacional entre as duas nações por meio de suas representações na União Europeia e Mercosul.
"Qualquer que seja o governo em função em um país de língua portuguesa, é um governo amigo", destacou.
Já sobre negócios com a Espanha, o ministro enfatizou que Portugal é "parceiro número um" do país vizinho, também independentemente de quem governa e de questões separatistas.
"Em relação às tendências separatistas que acontecem na Europa, nós temos uma posição muito clara: a Europa é uma Europa das Nações, e não pode ser uma Europa de nacionalismos e separatismos, pois isso seria um golpe profundo no ideal europeu. A questão catalã é um problema interno do Estado, e nós esperamos que o governo espanhol resolva em respeito à Constituição e à Lei da Espanha", opinou.
Santos também comentou sobre a aposta na relação bilateral com os Estados Unidos, mesmo com a natureza política mais conservadora da gestão Trump.
"Questões que cruzam a política externa com a natureza política dos governos, fica claro que nós fazemos negócios com nossos aliados e amigos mais próximos, independentemente das autoridades do momento, porque elas são escolhidas soberanamente pelos povos desses países. Portanto, nós lidamos com o Trump, assim como lidávamos com a administração Obama", reiterou.
"É um encorajamento ao Brasil, a grande força demográfica, econômica e geopolítica da CPLP, já que a dinâmica demográfica está no hemisfério sul. O Brasil é um país quase continental, Angola e Moçambique passarão neste século dos 100 milhões de habitantes, com investidores no futuro, e isso quer dizer que os políticos devem olhar para o futuro da CPLP também, algo muito relevante", afirmou.
Em um encontro em São Paulo com investidores brasileiros na Câmara Portuguesa, Santos destacou o papel da CPLP, formada por nove nações - Brasil, Portugal, Angola, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e Timor Leste - como uma organização de "força institucional" e "instrumental" frente a outras instituições como União Europeia (UE) e Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Santos ressaltou ainda a importância econômica do Brasil em Portugal, especialmente para alavancar o setor aéreo, no qual a companhia Azul foi a maior parceira para aumentar o fluxo de entrada e saída entre os dois países.
"Nunca nos esquecemos que o investimento brasileiro foi absolutamente essencial para o salto tecnológico que a indústria portuguesa deu na aeronáutica e na indústria da defesa. O Brasil continua ser um parceiro econômico excepcional, sendo um dos nossos maiores dez parceiros e continua a ser um mercado potencial enorme para investir", reforçou o ministro.
No momento, o Brasil investe mais em Portugal do que o inverso, e para o ministro essa dinâmica se deve "à capacidade dos parceiros econômicos resistirem (a crises) e aproveitarem novas oportunidades".
"O comércio externo de Portugal para o Brasil caiu em 2016 por dificuldades com o governo brasileiro. A partir do momento em que os sinais de retomada do Brasil começaram a aparecer, houve crescimento na ordem de 20%, 30% e 40% das exportações lusas para o Brasil", explicou.
Santos acrescentou que o relacionamento econômico com o governo brasileiro continua independente de quem está no poder, com o objetivo de fortalecer a política externa e a cooperação internacional entre as duas nações por meio de suas representações na União Europeia e Mercosul.
"Qualquer que seja o governo em função em um país de língua portuguesa, é um governo amigo", destacou.
Já sobre negócios com a Espanha, o ministro enfatizou que Portugal é "parceiro número um" do país vizinho, também independentemente de quem governa e de questões separatistas.
"Em relação às tendências separatistas que acontecem na Europa, nós temos uma posição muito clara: a Europa é uma Europa das Nações, e não pode ser uma Europa de nacionalismos e separatismos, pois isso seria um golpe profundo no ideal europeu. A questão catalã é um problema interno do Estado, e nós esperamos que o governo espanhol resolva em respeito à Constituição e à Lei da Espanha", opinou.
Santos também comentou sobre a aposta na relação bilateral com os Estados Unidos, mesmo com a natureza política mais conservadora da gestão Trump.
"Questões que cruzam a política externa com a natureza política dos governos, fica claro que nós fazemos negócios com nossos aliados e amigos mais próximos, independentemente das autoridades do momento, porque elas são escolhidas soberanamente pelos povos desses países. Portanto, nós lidamos com o Trump, assim como lidávamos com a administração Obama", reiterou.
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