"Não vão voltar nunca mais", diz esposa de tripulante de submarino argentino
Buenos Aires, 23 nov (EFE).- A esposa de um dos 44 tripulantes do submarino argentino desaparecido há oito dias disse nesta quinta-feira, após ser informada sobre uma explosão perto do local de último contato com o submarino, que embora aguarde notícias com "esperança", os marujos "não vão voltar nunca mais".
"Não resta um santo para o qual rezar e nem ninguém para pedir. Não sei se há um destino marcado para cada um. Há gente que não acredita nisso. Eles não voltaram e não vão voltar nunca mais", ressaltou à imprensa Jessica Gopar, esposa do tripulante Fernando Gabriel Santilli.
Da mesma forma que as famílias de outros tripulantes, Jessica estava na Base Naval de Mar del Plata, onde no domingo o submarino deveria ter chegado após realizar uma longa viagem pelo Atlântico.
A Marinha comunicou hoje que registrou um "evento anormal singular curto, violento e não nuclear consistente como uma explosão" na zona na qual o submarino argentino desapareceu.
"Eu cheguei (à base) por acaso para deixar o cartaz (com uma mensagem de esperança) porque tinha me negado a vir pela angústia. E quando chegamos e alguém fez assim com a cabeça (negando), pronto, o primeiro que disse 'morreram todos'", ressaltou a mulher, que esclareceu que "tinha um mau agouro" e que hoje foi confirmado.
Autoridades militares pediram hoje "prudência" e que as pessoas não se aventurem a opinar o que poderia ter acontecido com os tripulantes "até ter certeza ou outros indícios", já que as buscas pelo submarino irão continuar, contando com o auxílio de 13 países.
"Não sei se seus corpos voltarão, e isso é o que mais me dói porque não vou poder levar uma flor ou tê-lo em casa se pensava fazer outra coisa", acrescentou Jessica, mãe de um criança que completou há poucos dias um ano, algo que seu pai não pôde acompanhar.
No entanto, lembrou que a última vez em que se viram disseram que se veriam "em breve" e festejariam o aniversário do menino.
Crítica com as autoridades da Marinha pela "falta de informação", a mulher se mostrou agradecida a todos os países que estão colaborando na busca ao submarino.
"Neste momento esquecemos que a Inglaterra teve um conflito com a Argentina com as Malvinas. Vieram de todos os lados e agradeço de coração ", ressaltou.
"Isso me dá confiança, porém o mar é traiçoeiro e não se sabe o que pode ter acontecido", disse.
O submarino ARA San Juan partiu na segunda-feira (13 de novembro) do porto de Ushuaia e dirigia-se de volta à sua base, em Mar del Plata, na província de Buenos Aires.
A viagem, com 44 submarinistas profissionais da Marinha, tinha como finalidade participar de um adestramento integrado com a frota de mar e as aeronaves da dotação naval.
Apesar de ter vasta experiência em navios e outros submarinos, esta era a primeira vez de Santilli na ARA San Juan.
"Acabo de perder meu marido e necessito conter meu filho", concluiu Jessica, que acredita que "todas as mulheres e filhos que ficaram sem seus companheiros e pais" possam se unir para fazer "justiça".
"Não resta um santo para o qual rezar e nem ninguém para pedir. Não sei se há um destino marcado para cada um. Há gente que não acredita nisso. Eles não voltaram e não vão voltar nunca mais", ressaltou à imprensa Jessica Gopar, esposa do tripulante Fernando Gabriel Santilli.
Da mesma forma que as famílias de outros tripulantes, Jessica estava na Base Naval de Mar del Plata, onde no domingo o submarino deveria ter chegado após realizar uma longa viagem pelo Atlântico.
A Marinha comunicou hoje que registrou um "evento anormal singular curto, violento e não nuclear consistente como uma explosão" na zona na qual o submarino argentino desapareceu.
"Eu cheguei (à base) por acaso para deixar o cartaz (com uma mensagem de esperança) porque tinha me negado a vir pela angústia. E quando chegamos e alguém fez assim com a cabeça (negando), pronto, o primeiro que disse 'morreram todos'", ressaltou a mulher, que esclareceu que "tinha um mau agouro" e que hoje foi confirmado.
Autoridades militares pediram hoje "prudência" e que as pessoas não se aventurem a opinar o que poderia ter acontecido com os tripulantes "até ter certeza ou outros indícios", já que as buscas pelo submarino irão continuar, contando com o auxílio de 13 países.
"Não sei se seus corpos voltarão, e isso é o que mais me dói porque não vou poder levar uma flor ou tê-lo em casa se pensava fazer outra coisa", acrescentou Jessica, mãe de um criança que completou há poucos dias um ano, algo que seu pai não pôde acompanhar.
No entanto, lembrou que a última vez em que se viram disseram que se veriam "em breve" e festejariam o aniversário do menino.
Crítica com as autoridades da Marinha pela "falta de informação", a mulher se mostrou agradecida a todos os países que estão colaborando na busca ao submarino.
"Neste momento esquecemos que a Inglaterra teve um conflito com a Argentina com as Malvinas. Vieram de todos os lados e agradeço de coração ", ressaltou.
"Isso me dá confiança, porém o mar é traiçoeiro e não se sabe o que pode ter acontecido", disse.
O submarino ARA San Juan partiu na segunda-feira (13 de novembro) do porto de Ushuaia e dirigia-se de volta à sua base, em Mar del Plata, na província de Buenos Aires.
A viagem, com 44 submarinistas profissionais da Marinha, tinha como finalidade participar de um adestramento integrado com a frota de mar e as aeronaves da dotação naval.
Apesar de ter vasta experiência em navios e outros submarinos, esta era a primeira vez de Santilli na ARA San Juan.
"Acabo de perder meu marido e necessito conter meu filho", concluiu Jessica, que acredita que "todas as mulheres e filhos que ficaram sem seus companheiros e pais" possam se unir para fazer "justiça".
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