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ONU diz que governo sírio não confirmou presença em negociações em Genebra

27/11/2017 15h36

Nações Unidas, 27 nov (EFE).- O enviado especial da ONU à Síria, o italiano Staffan de Mistura, afirmou nesta segunda-feira que o governo sírio ainda não confirmou sua presença na oitava rodada de negociações que deve começar amanhã em Genebra, na Suíça.

Em uma reunião por videoconferência com o Conselho de Segurança da ONU, De Mistura disse que Damasco informou ontem à noite que sua delegação não chegaria hoje a Genebra, na véspera da reunião com os mediadores e representantes da oposição.

"O governo (sírio) não confirmou sua participação em Genebra, mas indicou que, em breve, teremos notícias de sua parte", disse De Mistura. "Esperamos que o governo esteja a caminho em breve", insistiu o diplomata.

Amanhã começa a oitava rodada de negociações para tentar pôr fim ao conflito armado na Síria. No entanto, segundo o jornal governamental sírio, a delegação de Damasco tinha decidido adiar sua chegada a Genebra para "uma data posterior não definida".

De acordo com esta versão, o governo não está de acordo com algumas das condições expostas pela oposição, como a necessidade de que o líder do regime sírio, Bashar al Assad, deixe o poder.

Em sua reunião com o Conselho de Segurança, De Mistura insistiu que a ONU não tem a intenção de aceitar "qualquer condição prévia de qualquer uma das partes".

"Todas as partes envolvidas (no processo de paz) devem trabalhar juntas para o objetivo comum de realizar eleições livres e justas, sob a supervisão da ONU", acrescentou o diplomata.

De Mistura acrescentou que, apesar do anúncio do regime sírio, falará com as partes "que chegarem a Genebra".

O diplomata também anunciou que se reunirá com os embaixadores dos cinco países com assento permanente no Conselho de Segurança (Estados Unidos, Rússia, França, Reino Unido e China) para analisar o progresso das negociações de paz.

A reunião de amanhã é a primeira na qual a oposição comparece com uma delegação unificada, algo que foi destacado por De Mistura em sua reunião com o Conselho de Segurança.