Procurador-geral da Venezuela anuncia ordem de captura contra ex-ministro
Caracas, 25 jan (EFE).- O procurador-geral da Venezuela, Tarek Saab, anunciou nesta quinta-feira que será emitida uma ordem de captura nos próximos dias contra o ex-ministro do Petróleo e ex-chefe da estatal petrolífera PDVSA, Rafael Ramírez, por lavagem de dinheiro e outros crimes.
"Nos próximos dias vamos solicitar uma ordem de captura com o correspondente alerta vermelho para o cidadão Ramírez pelos crimes de peculato, lavagem de dinheiro e associação criminosa", disse Saab em uma coletiva de imprensa.
Ramírez, que tinha pedido ao presidente Nicolás Maduro uma mudança de rumo para enfrentar a crise econômica no país, renunciou em dezembro como representante da Venezuela na ONU, depois que o governante e pessoas de seu entorno o acusaram de corrupção em seu mandato à frente da PDVSA.
O procurador-geral, que já tinha iniciado uma investigação sobre Ramírez durante o segundo semestre do ano passado, indicou nesta quinta-feira que o ex-ministro, cujo paradeiro é desconhecido, é acusado como "um dos principais estelionatários e responsável pela quebra (...) corrupta de PDVSA".
Ramírez, que presidiu a PDVSA durante uma década sob o governo de Hugo Chávez, é acusado de envolvimento no esquema de legitimação de capitais no Banco Privado de Andorra, afirmou Saab, ao indicar que Diego Salazar Carreño, que hoje está detido e é primo do ex-ministro, fez esses comentários em seus depoimentos.
O chamado "czar" do petróleo também está vinculado aos casos de corrupção nas filiais da PDVSA, Petrozamora e PDVSA Monagas, bem como na perfuração "total da Faixa Petrolífera do Orinoco".
Além disso, Ramírez é apontado pelo caso "do Escritório de Inteligência de Marketing e Política de Petróleo, com sede em Viena", na Áustria, para avaliar de forma "negativa" os preços do petróleo venezuelano, comentou o procurador-geral.
Saab assegurou que "supostos" erros de cálculo causaram perdas de até US$ 6 por barril, e o desvio poderia superar, segundo as estimativas, os US$ 5 bilhões.
O procurador-geral reiterou que seguirá investigando os casos de corrupção e que não haverá "intocáveis".
Pelo menos 70 diretores da PDVSA foram detidos desde agosto do ano passado, quando Saab foi designado procurador-geral pela Assembleia Constituinte, um órgão integrado apenas por deputados governistas e não reconhecido por numerosos governos por não ter sido escolhido conforme os trâmites determinados pela Constituição.
No último fim de semana, Ramírez exigiu o fim das acusações "infundadas" de corrupção contra ele e pediu garantias para retornar ao país para enfrentar o presidente Nicolás Maduro nas primárias do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV).
"Se eu voltar ao país, desafio Maduro nas primárias, livres, com garantias, para definir quem enfrentará o candidato da direita, quem será o candidato do Chavismo", escreveu Ramírez em artigo publicado no domingo no site venezuelano "Aporrea".
"Nos próximos dias vamos solicitar uma ordem de captura com o correspondente alerta vermelho para o cidadão Ramírez pelos crimes de peculato, lavagem de dinheiro e associação criminosa", disse Saab em uma coletiva de imprensa.
Ramírez, que tinha pedido ao presidente Nicolás Maduro uma mudança de rumo para enfrentar a crise econômica no país, renunciou em dezembro como representante da Venezuela na ONU, depois que o governante e pessoas de seu entorno o acusaram de corrupção em seu mandato à frente da PDVSA.
O procurador-geral, que já tinha iniciado uma investigação sobre Ramírez durante o segundo semestre do ano passado, indicou nesta quinta-feira que o ex-ministro, cujo paradeiro é desconhecido, é acusado como "um dos principais estelionatários e responsável pela quebra (...) corrupta de PDVSA".
Ramírez, que presidiu a PDVSA durante uma década sob o governo de Hugo Chávez, é acusado de envolvimento no esquema de legitimação de capitais no Banco Privado de Andorra, afirmou Saab, ao indicar que Diego Salazar Carreño, que hoje está detido e é primo do ex-ministro, fez esses comentários em seus depoimentos.
O chamado "czar" do petróleo também está vinculado aos casos de corrupção nas filiais da PDVSA, Petrozamora e PDVSA Monagas, bem como na perfuração "total da Faixa Petrolífera do Orinoco".
Além disso, Ramírez é apontado pelo caso "do Escritório de Inteligência de Marketing e Política de Petróleo, com sede em Viena", na Áustria, para avaliar de forma "negativa" os preços do petróleo venezuelano, comentou o procurador-geral.
Saab assegurou que "supostos" erros de cálculo causaram perdas de até US$ 6 por barril, e o desvio poderia superar, segundo as estimativas, os US$ 5 bilhões.
O procurador-geral reiterou que seguirá investigando os casos de corrupção e que não haverá "intocáveis".
Pelo menos 70 diretores da PDVSA foram detidos desde agosto do ano passado, quando Saab foi designado procurador-geral pela Assembleia Constituinte, um órgão integrado apenas por deputados governistas e não reconhecido por numerosos governos por não ter sido escolhido conforme os trâmites determinados pela Constituição.
No último fim de semana, Ramírez exigiu o fim das acusações "infundadas" de corrupção contra ele e pediu garantias para retornar ao país para enfrentar o presidente Nicolás Maduro nas primárias do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV).
"Se eu voltar ao país, desafio Maduro nas primárias, livres, com garantias, para definir quem enfrentará o candidato da direita, quem será o candidato do Chavismo", escreveu Ramírez em artigo publicado no domingo no site venezuelano "Aporrea".
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