Guiné-Bissau nomeia novo primeiro-ministro, o sexto da atual legislatura
Bissau, 31 jan (EFE).- O presidente da Guiné-Bissau, José Mario Vaz, nomeou como primeiro-ministro Artur Silva, o sexto nomeado nesta legislatura, em um momento em que o país atravessa uma profunda crise, informou a imprensa local.
Silva, ex-ministro de Educação no governo de Carlos Gomes Junior - que foi derrubado em 2012 por um golpe de Estado -, foi nomeado premiê ontem e tem agora o desafio de fazer frente à profunda crise econômica que assola o país.
Engenheiro ligado à pesca, Silva é formado pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) e foi também ministro da Defesa, de Negócios Estrangeiros e da Pesca em seu país.
Silva é o sexto primeiro-ministro nomeado pelo presidente desde que ganhou as eleições de 2014, e substitui Umaro Sissoco Embaló, que por sua vez foi precedido por Carlos Correia, o duas vezes escolhido Baciro Dja e Domingos Simões Pereira.
A expectativa é que hoje chegue ao país uma delegação de alto nível da Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) com o fim de implementar decisões por parte dos chefes de Estado e da Comunidade.
Por sua parte, as cinco organizações internacionais envolvidas no processo de consolidação da paz em Guiné-Bissau - a CEDEAO, a União Africana (UA), a União Europeia (UE), as Nações Unidas e a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) -, conhecidas como grupo "P5", já se reuniram ontem em Bissau para discutir os últimos eventos do país.
Nesta conjuntura, o "P5" acredita firmemente na necessidade de manter a coesão social, a paz e a estabilidade no país, e salientou a necessidade de garantir o pleno respeito da lei, dos direitos humanos, incluindo o direito à liberdade de reunião, e da participação política.
A CEDEAO reiterou recentemente, na cúpula da UA em Adis-Abeba, a necessidade de nomear um premiê em consenso com a oposição, e pediu aos signatários que cumpram seus compromissos em virtude do acordo.
Independentizada de Portugal em 1974, Guiné-Bissau sofreu desde então com assassinatos de dirigentes e golpes de Estado, com uma única etapa de "paz política" governada durante 23 anos por João Bernardo "Nino" Vieira, derrubado em 1999.
Em 2012, um golpe tirou do poder o ex-presidente Raimundo Pereira e afastou da chefia do Executivo o premiê Carlos Gomes Júnior, que do seu exílio em Portugal alertou da intenção do governo provisório de "instaurar uma ditadura militar".
Este último levante foi castigado por sócios e países doadores, que suspenderam suas ajudas ao desenvolvimento e arrastaram este pequeno país da África Ocidental, lastrado pelo narcotráfico e a corrupção, a uma profunda crise política e econômica.
Em 2014 o sistema democrático foi restaurado e foram realizadas eleições multipartidárias que terminaram com a vitória do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC).
As lutas internas no PAIGC provocaram desde então várias crises políticas no país, que segue sem sair da paralisia política e em uma grave situação econômica.
Silva, ex-ministro de Educação no governo de Carlos Gomes Junior - que foi derrubado em 2012 por um golpe de Estado -, foi nomeado premiê ontem e tem agora o desafio de fazer frente à profunda crise econômica que assola o país.
Engenheiro ligado à pesca, Silva é formado pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) e foi também ministro da Defesa, de Negócios Estrangeiros e da Pesca em seu país.
Silva é o sexto primeiro-ministro nomeado pelo presidente desde que ganhou as eleições de 2014, e substitui Umaro Sissoco Embaló, que por sua vez foi precedido por Carlos Correia, o duas vezes escolhido Baciro Dja e Domingos Simões Pereira.
A expectativa é que hoje chegue ao país uma delegação de alto nível da Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) com o fim de implementar decisões por parte dos chefes de Estado e da Comunidade.
Por sua parte, as cinco organizações internacionais envolvidas no processo de consolidação da paz em Guiné-Bissau - a CEDEAO, a União Africana (UA), a União Europeia (UE), as Nações Unidas e a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) -, conhecidas como grupo "P5", já se reuniram ontem em Bissau para discutir os últimos eventos do país.
Nesta conjuntura, o "P5" acredita firmemente na necessidade de manter a coesão social, a paz e a estabilidade no país, e salientou a necessidade de garantir o pleno respeito da lei, dos direitos humanos, incluindo o direito à liberdade de reunião, e da participação política.
A CEDEAO reiterou recentemente, na cúpula da UA em Adis-Abeba, a necessidade de nomear um premiê em consenso com a oposição, e pediu aos signatários que cumpram seus compromissos em virtude do acordo.
Independentizada de Portugal em 1974, Guiné-Bissau sofreu desde então com assassinatos de dirigentes e golpes de Estado, com uma única etapa de "paz política" governada durante 23 anos por João Bernardo "Nino" Vieira, derrubado em 1999.
Em 2012, um golpe tirou do poder o ex-presidente Raimundo Pereira e afastou da chefia do Executivo o premiê Carlos Gomes Júnior, que do seu exílio em Portugal alertou da intenção do governo provisório de "instaurar uma ditadura militar".
Este último levante foi castigado por sócios e países doadores, que suspenderam suas ajudas ao desenvolvimento e arrastaram este pequeno país da África Ocidental, lastrado pelo narcotráfico e a corrupção, a uma profunda crise política e econômica.
Em 2014 o sistema democrático foi restaurado e foram realizadas eleições multipartidárias que terminaram com a vitória do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC).
As lutas internas no PAIGC provocaram desde então várias crises políticas no país, que segue sem sair da paralisia política e em uma grave situação econômica.
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