Bombardeios em Guta Oriental matam 3 pessoas horas depois de ONU determinar trégua
Pelo menos três civis morreram e 26 ficaram feridos neste domingo em bombardeios e ataques de artilharia contra a região de Guta Oriental, reduto opositor na periferia de Damasco, horas depois de a ONU ter exigido a cessação imediata das hostilidades.
Nesta manhã as forças do regime sírio dispararam na cidade de Hamuriya, causando a morte de uma mulher e ferindo sete civis, indicou o Observatório Sírio de Direitos Humanos.
Além disso, na cidade de Beit Saua morreu um homem e outros sete civis ficaram feridos em um ataque aéreo, enquanto em Sabqa houve outro morto e 10 feridos e em Kafr Batna outras duas pessoas ficaram feridas pela queda de projéteis, detalhou o Observatório.
A ONG também destacou que as localidades de Hush al Dawahra e Al Shifunia foram alvo de explosivos lançados por helicópteros das forças do regime de Bashar al Assad.
Apesar de também ter acontecido combates entre as forças governamentais e o grupo islamita Exército do Islã, a ONG afirmou que a noite passada foi a mais tranquila desde o começo da escalada militar em Guta Oriental há uma semana, já que não houve registro de vítimas mortais.
Estes combates, que aconteceram em Al Shifunia, com armas pesadas e metralhadoras, são os primeiros que ocorrem na região desde o início da campanha de bombardeios, no último dia 18.
Desde a primeira hora da manhã de hoje caíram seis mísseis em Harasta, outros quatro projéteis em Kafr Badna e Yisrin e outros quatro em Hamuriya, enquanto Al Shifunia foi alvo de dois bombardeios, segundo o Observatório.
O Conselho de Segurança da ONU aprovou ontem à noite uma resolução na qual exige a todas as partes beligerantes uma cessação das hostilidades durante 30 dias em todo o país, incluindo de forma expressa Guta Oriental.
No entanto, a resolução exclui do cessar-fogo os grupos terroristas Estado Islâmico (EI) e Organismo de Libertação do Levante, aliança criada em torno da Frente Al Nusra, nome da antiga filial síria da Al Qaeda que, segundo o governo sírio, está presente em Guta Oriental.
Em uma semana de intensos ataques aéreos, de artilharia e com mísseis, a região contabilizou a morte de pelo menos 510 pessoas, entre elas 127 menores de idade, segundo os últimos números divulgados pelo Observatório.
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