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EUA acreditam que Rússia é responsável por ataque a ex-espião no Reino Unido

Mary Altaffer/AP
Imagem: Mary Altaffer/AP

14/03/2018 17h45

"Os Estados Unidos acreditam que a Rússia é responsável pelo ataque" com um agente nervoso cometido no Reino Unido contra o ex-espião Serguei Skripal e sua filha, garantiu nesta quarta-feira sua embaixadora nas Nações Unidas, Nikki Haley.

Em uma reunião do Conselho de Segurança para analisar o caso, a representante americana na ONU disse ainda que o órgão deve fazer com que a Rússia responda pelos seus atos.

Nesta terça-feira, o presidente americano, Donald Trump, tinha exigido "respostas inequívocas" sobre quem esteve por trás do ataque e tinha dito que "condenará à Rússia ou quem seja" quando se esclarecer o incidente.

Haley, por sua parte, destacou hoje que o ocorrido na cidade inglesa de Salisbury não é um "incidente isolado".

"A tentativa de assassinato de Salisbury é parte de um alarmante aumento do uso das armas químicas", afirmou, lembrando outros casos relacionados com Coreia do Norte e Síria.

Haley comentou que a Rússia é uma constante nesta situação, por não ter assegurado a destruição do arsenal químico sírio e por ter vetado a continuidade do mecanismo internacional que averiguava o uso desse armamento no país árabe.

"Não nos é prazeroso ter de criticar constantemente a Rússia, mas necessitamos que a Rússia deixe de nos dar tantos motivos", ressaltou.

A diplomata americana também pediu à Rússia que coopere com o Reino Unido na investigação do ataque e que diga a verdade sobre o seu programa de armas químicas.

Além disso, insistiu que deve haver uma resposta por parte do Conselho de Segurança ao ocorrido, pois, caso contrário, o ataque de Salisbury não será o último.

"A credibilidade deste Conselho não sobreviverá se não conseguirmos fazer com que a Rússia preste contas", frisou.

A embaixadora americana foi uma das primeiras a discursar em uma reunião do Conselho de Segurança convocada pelo Reino Unido para informar do incidente.

O Reino Unido pediu aos demais membros do órgão seu apoio perante o que considera uma "agressão" russa, que hoje levou o governo a anunciar a expulsão de 23 diplomatas russos.