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Confrontos em protestos por prisão de Puigdemont deixam 98 feridos

25/03/2018 20h17

(Atualiza número de detidos e de feridos).

Barcelona (Espanha), 25 mar (EFE).- Manifestantes e policiais entraram em confronto durante protestos que reuniram milhares de pessoas em Barcelona contra a prisão do ex-presidente da região da Catalunha Carles Puigdemont, detido neste domingo na Alemanha em virtude de uma ordem de prisão decretada pela Justiça da Espanha.

Fontes da Mossos d'Esquadra, a polícia regional da Catalunha, informaram que nove pessoas foram presas por desacato à autoridade durante as manifestações, que ocorrem em várias regiões de Barcelona e em outras cidades catalãs. Além disso, 98 ficaram feridas.

Em um protesto na frente da sede do governo central em Barcelona, os manifestantes jogaram ovos, lixo e outros objetos contra os agentes da Mossos d'Esquadra. O confronto começou quando alguns tentaram incendiar uma caçamba de lixo, o que fez com que os policiais reagissem, dispersando a multidão.

Segundo informações do serviço de emergência de Barcelona, 13 agentes estão entre os feridos no tumulto.

Além disso, defensores da independência da Catalunha bloquearam várias estradas da região ou atrapalham a circulação dos veículos.

Outros manifestantes se reuniram em frente à representação da Comissão Europeia (CE) em Barcelona para pedir a liberdade de Puigdemont e de outros líderes independentistas presos por ordem do Tribunal Supremo da Espanha. Depois, o grupo partiu em direção ao consulado da Alemanha, onde o ex-presidente regional foi detido.

Em Girona, cidade da qual Puigdemont foi prefeito, os manifestantes pintaram de amarelo a fachada da subdelegação do governo central e retiraram a bandeira da Espanha.

O amarelo é a cor usada pelos independentistas para pedir a liberdade dos líderes presos.

Uma casa na cidade de Das que o juiz Pablo Llarena, responsável por decretar a ordem de prisão de Puigdemont e outros ex-conselheiros do governo da Catalunha, foi pichada. Os manifestantes escreveram a palavra "fascista" na fachada do imóvel.

O Conselho Geral do Poder Judicial da Espanha pediu ao Ministério do Interior medidas para proteger Llarena e sua família. Foi ele que pediu a prisão por rebelião de 13 líderes catalães, incluindo Puigdemont, na última sexta-feira.