Equipe da ONU determina que houve crimes contra humanidade na RD do Congo
Genebra, 26 jun (EFE).- Uma equipe internacional de especialistas em direitos humanos estabeleceu que as forças de defesa e segurança da República Democrática (RD) do Congo e duas milícias cometeram crimes contra a humanidade e de guerra na região de Kasai, no centro do país, desde 2016.
Em um relatório publicado nesta terça-feira e que será apresentado em 3 de julho ao Conselho de Direitos Humanos da ONU, os investigadores concluíram que as forças governamentais e os grupos armados "mataram civis deliberadamente, entre eles várias crianças, e cometeram atrocidades contra a população civil".
O documento cita em particular "mutilações, estupros e outras formas de violência sexual, tortura e (atos de) extermínio".
A equipe de especialistas acusa de forma específica a milícia Kamuina Nsapu - criada em 2016 com efetivos recrutados entre os moradores para enfrentar as forças leais ao governo de Kinshasa - do recrutamento forçado de meninos e meninas.
A região de Kasai, no centro da RD do Congo e constituída por cinco províncias, é uma das mais pobres do país e foi reduto tradicional do principal partido de oposição, a União pela Democracia e o Progresso Social.
Apesar de a onda de violência em Kasai estar inserida em um contexto nacional de tensões pelas eleições presidenciais adiadas, o seu estopim principal foi a morte em julho de 2016 pelas mãos das forças de segurança de um importante chefe tribal que se negava a prometer lealdade ao governo central.
Esse fato foi seguido de grandes protestos em toda a região, que foram reprimidos violentamente pelo exército e deram lugar a ataques contra a população nos quais também participaram membros da milícia Bana Mura, simpática às forças armadas.
Este novo ciclo de violência na RD do Congo gerou uma grave crise humanitária, no meio do deslocamento forçado de 1,4 milhão de pessoas, além dos 35 mil refugiados que se encontram em Angola, lembraram os especialistas em seu relatório.
Em um relatório publicado nesta terça-feira e que será apresentado em 3 de julho ao Conselho de Direitos Humanos da ONU, os investigadores concluíram que as forças governamentais e os grupos armados "mataram civis deliberadamente, entre eles várias crianças, e cometeram atrocidades contra a população civil".
O documento cita em particular "mutilações, estupros e outras formas de violência sexual, tortura e (atos de) extermínio".
A equipe de especialistas acusa de forma específica a milícia Kamuina Nsapu - criada em 2016 com efetivos recrutados entre os moradores para enfrentar as forças leais ao governo de Kinshasa - do recrutamento forçado de meninos e meninas.
A região de Kasai, no centro da RD do Congo e constituída por cinco províncias, é uma das mais pobres do país e foi reduto tradicional do principal partido de oposição, a União pela Democracia e o Progresso Social.
Apesar de a onda de violência em Kasai estar inserida em um contexto nacional de tensões pelas eleições presidenciais adiadas, o seu estopim principal foi a morte em julho de 2016 pelas mãos das forças de segurança de um importante chefe tribal que se negava a prometer lealdade ao governo central.
Esse fato foi seguido de grandes protestos em toda a região, que foram reprimidos violentamente pelo exército e deram lugar a ataques contra a população nos quais também participaram membros da milícia Bana Mura, simpática às forças armadas.
Este novo ciclo de violência na RD do Congo gerou uma grave crise humanitária, no meio do deslocamento forçado de 1,4 milhão de pessoas, além dos 35 mil refugiados que se encontram em Angola, lembraram os especialistas em seu relatório.
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