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Santos diz que Aliança do Pacífico pode ser antítese ao protecionismo

23/07/2018 22h32

Puerto Vallarta (México), 23 jul (EFE).- O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, afirmou neste domingo que a Aliança do Pacífico pode representar uma "antítese" ao protecionismo e a um cenário mundial "confuso" se souber se adaptar aos novos tempos, gerando um efeito positivo em outras regiões.

"A Aliança do Pacífico pode se transformar na antítese do que está ocorrendo em nível mundial. E se traçarmos um roteiro claro e trabalharmos nesta direção, pode haver um efeito de bola de neve", indicou Santos ao participar do encerramento do V Encontro Empresarial da XIII Cúpula da Aliança do Pacífico, no México.

Santos fez críticas indiretas ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao afirmar que certos países querem priorizar as relações bilaterais e destruir a institucionalidade multilateral.

"A Aliança tem uma oportunidade de ouro se jogar bem as cartas, mas isso requer uma atitude proativa", destacou.

Santos, que deixará o cargo em agosto, ressaltou que os empresários da região devem ter um papel de protagonismo. Para ele, se essa visão for fortalecida e tiver o apoio do setor privado, a Aliança do Pacífico pode ter um efeito muito positivo contra a "onda de protecionismo" e dentro de um "cenário mundial confuso".

Apesar de estar saindo do poder, Santos também reiterou o interesse da Colômbia em fazer parte da Parceria Transpacífico (TPP), agora chamado de TTP11 com a saída dos Estados Unidos.

A XIII Cúpula da Aliança do Pacífico vai até amanhã. A atual edição, realizada no balneário de Puerto Vallarta, no México, tem como objetivo aprovar uma visão de longo prazo com o Mercosul e uma agenda para 2030 em sintonia com os objetivos da ONU.