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Primeiro-ministro da França diz que "concebe" dúvidas sobre sanção a Benalla

24/07/2018 12h44

Paris, 24 jul (EFE).- O primeiro-ministro da França, Edouard Philippe, afirmou nesta terça-feira que "concebe" as dúvidas sobre a "proporcionalidade" da sanção contra o ex-chefe de segurança do presidente Emmanuel Macron, Alexandre Benalla, embora tenha defendido "a rapidez" do Executivo para lidar com este polêmico caso.

"Concebo que seja possível questionar a proporcionalidade" da sanção a Benalla, disse na Assembleia francesa Philippe, em alusão aos 15 dias sem trabalho e salário impostos ao ex-segurança de Macron por agredir manifestantes no último dia 1º de maio se fazendo passar por policial.

No entanto, o premiê opinou que a sanção aplicada a Benalla em maio pareceu "proporcional".

Philippe compareceu à Assembleia para responder às perguntas dos grupos parlamentares na sessão de controle do governo centrada no caso de Benalla, que já foi demitido depois que o jornal "Le Monde" revelou o caso.

"Ninguém no nosso país está acima da lei", esclareceu o primeiro-ministro, que expôs que o ocorrido é "um desvio individual" e não "um assunto de Estado", como pretende a oposição.

O principal partido opositor, Os Republicanos (centro-direita), acusou o governo de Macron de "ter uma polícia paralela" a seu serviço.

Philippe disse que "a reação administrativa, judicial e parlamentar" o governo que teve é "pouco frequente" e lembrou que já há cinco acusados por este caso, o mais grave desde que Macron assumiu a Presidência: o próprio Benalla, Vincent Crase, responsável de segurança do partido de Macron, e outros três policiais.

"Não digo que tudo está perfeito, digo que a reação foi imediata e que mostra nossa vontade de não esconder nada", se defendeu o premiê.