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EUA cancelam ajuda de US$ 200 milhões para Gaza e Cisjordânia

02.jul.2018 - Palestinos queimam retratos do presidente norte-americano Donald Trump, em protesto contra os apoios dados à Israel - AFP
02.jul.2018 - Palestinos queimam retratos do presidente norte-americano Donald Trump, em protesto contra os apoios dados à Israel Imagem: AFP

Washington

24/08/2018 18h31

O governo dos Estados Unidos anunciou nesta sexta-feira (24) sua decisão de cancelar uma ajuda de US$ 200 milhões inicialmente destinada a financiar programas humanitários em Gaza e Cisjordânia, e afirmou que esses fundos serão agora empregados para custear "projetos de grande prioridade" em outros lugares.

Esta medida foi determinada por ordem do presidente Donald Trump, que pediu ao seu Executivo que se assegure que tais fundos sejam utilizados em consonância com "os interesses nacionais", para dar valor ao dinheiro fornecido por seus contribuintes, informou o Departamento de Estado em comunicado.

"Como resultado desta revisão, feita por indicação do presidente, reorientaremos os mais de US$ 200 milhões do Fundo Econômico de Apoio originalmente previstos para o ano fiscal 2017 que deviam financiar programas em Gaza e Cisjordânia", detalha a nota.

O Departamento de Estado indicou ainda que "esta decisão leva em conta os desafios que a comunidade internacional enfrenta na hora de distribuir ajuda em Gaza, onde o controle do Hamas põe em perigo a vida dos seus cidadãos e deteriora sua já terrível situação humanitária e econômica".

Em janeiro deste ano a Casa Branca congelou o envio de US$ 65 milhões que tinham como destinatária a Agência das Nações Unidas para Refugiados Palestinos (UNRWA).

A ONU reagiu buscando potenciais doadores que ajudassem a minimizar o impacto da resolução tomada por Washington.

A relação entre a Casa Branca e a Autoridade Nacional Palestina (ANP), que governa na Cisjordânia, vive um momento delicado, especialmente desde que Trump anunciou sua decisão de transferir de Tel Aviv para Jerusalém a embaixada norte-americana em Israel.

Esta decisão levou o presidente palestino, Mahmoud Abbas, a acusar os EUA de não terem intenção de buscar a reconciliação na região.