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EUA exigem fim do programa nuclear da Coreia do Norte até janeiro de 2021

19/09/2018 17h21

Washington, 19 set (EFE).- O secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, disse que o governo de seu país estabeleceu janeiro de 2021 como prazo limite para o fim do programa nuclear da Coreia do Norte, data que coincide com o término do mandato do presidente americano, Donald Trump.

Em comunicado, Pompeo também afirmou que gostaria de se reunir com o ministro de Relações Exteriores da Coreia do Norte, Ri Yong-ho, em Nova York, durante a Assembleia Geral da ONU.

"Nesta manhã convidei meu colega Ri Yong-ho para nos reunirmos em Nova York na próxima semana, onde estaremos para a reunião da Assembleia Geral das Nações Unidas", informou Pompeo na nota.

"Isso marcará o começo das negociações para transformar as relações entre EUA e Coreia do Norte por meio de um processo de rápida desnuclearização da Coreia do Norte, que deve ser completado até janeiro de 2021, como se comprometeu o líder Kim (Jong-un)", completou o secretário de Estado americano.

Pompeo fazia referência à declaração assinada por Trump e Kim durante o histórico encontro em Singapura. Em troca de garantias de sobrevivência do regime por parte dos EUA, o líder da Coreia do Norte disse topar a desnuclearização do país. Porém, os dois não estabeleceram prazos para que esses objetivos fossem atingidos.

Nas últimas semanas, as negociações entre as partes tinham esfriado devido às diferenças sobre como realizar o processo.

A Coreia do Norte exigia avanços na assinatura de um tratado de paz com a Coreia do Sul para pôr fim ao estado de guerra na península, que se mantém desde 1953. Como contrapartida, Kim promoveria medidas concretas para desmantelar seu arsenal nuclear.

O líder da Coreia do Norte fez um gesto para Trump hoje e se ofereceu a fechar permanentemente a usina de Yongbon, onde o país produz combustível para as bombas atômicas. Em troca, os EUA devem tomar "medidas correspondentes" estipuladas na cúpula de Singapura.

O anúncio foi feito por Kim durante a terceira reunião com o presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, neste ano.