Líder palestino critica Trump por discurso na ONU: 'Fechou as portas para a paz'
O secretário-geral da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), Saeb Erekat, divulgou um comunicado nesta terça-feira no qual critica o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pelo discurso feito na Assembleia Geral da ONU e considera que o governo americano "fechou as portas para a paz".
Na opinião de Erekat, Trump "não pode desempenhar um papel no estabelecimento da paz (entre palestinos e israelenses) após afirmar que sua decisão de transferir a embaixada americana de Israel para Jerusalém, em violação à resolução 478 (do Conselho de Segurança da ONU, foi 'um reconhecimento da realidade'".
Segundo a OLP, os EUA "recompensam e incentivam as violações do direito internacional, a colonização, os crimes de guerra e o apartheid" de Israel.
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Trump reafirmou na sede da ONU, em Nova York, o compromisso dos EUA com um "futuro de paz e estabilidade" no Oriente Médio e considerou que sua decisão de reconhecer Jerusalém como capital de Israel em dezembro do ano passado "avança" e "não prejudica" o processo de paz entre palestinos e israelenses.
O governante americano também considerou que o Tribunal Penal Internacional (TPI) não tem "legitimidade nem autoridade" e classificou a "ideologia do globalização" como uma ameaça à soberania nacional e ao patriotismo.
Para o secretário-geral da OLP, as declarações de Trump contra o TPI significam "uma rejeição ao direito internacional". Nas palavras de Erekat, "devido às decisões unilaterais (dos EUA) a favor de Israel, a paz entre palestinos e israelenses descarrilou".
"A paz é uma necessidade real para os palestinos, os israelenses e as pessoas da região, e pode ser alcançada com a solução dos dois estados, o Estado da Palestina com Jerusalém Oriental como sua capital", disse Erekat.
Nas últimas semanas, Trump ordenou o fechamento do escritório da Organização para a Libertação da Palestina (OLP) em Washington e eliminou todos os recursos que os EUA concedem à Agência da ONU para os Refugiados Palestinos (UNRWA), o que impactará nos serviços fornecidos a milhões de pessoas.
Os EUA eram o maior doador da UNRWA, cujo financiamento procede quase exclusivamente de contribuições voluntárias dos países-membros das Nações Unidas.
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