Tsunami aniquilou um povoado inteiro em ilha da Indonésia, diz Cruz Vermelha
Uma equipe de socorristas da Cruz Vermelha da Indonésia descobriu nesta quarta-feira que um povoado inteiro foi aniquilado pelo tsunami que atingiu a ilha indonésia de Celebes na última sexta-feira.
"Quando chegamos a Petobo, encontramos um lugar que foi apagado do mapa pelo poder do tsunami", disse um representante do Movimento Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho (FICV) que acompanhava a equipe de resgate, segundo comunicou o órgão em Genebra.
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O grupo chegou à área onde ficava o pequeno povoado de Petobo, entre a cidade litorânea de Palu - que recebeu totalmente o impacto do tsunami - e Sigi. Cerca de 500 pessoas viviam no local, e foram recuperados os corpos de 14 habitantes, enquanto os trabalhos de busca continuam.
"Os integrantes da Cruz Vermelha avançam através dos escombros e pelos caminhos danificados para chegar a novas áreas e tentar ajudar os sobreviventes, mas encontram devastação e tragédia por onde passam", disse no local a representante do FICV, Iris van Deinse.
O órgão acrescentou que as equipes fazem todo o possível para dar atendimento médico, água potável e todo tipo de ajuda às áreas povoadas mais gravemente afetadas.
Desde a catástrofe, a ajuda chegou lentamente porque a área que mais sofreu fica afastada e muitas das principais vias de acesso, incluindo pontes, foram destruídas.
O FICV indicou que, nestas circunstâncias, a Cruz Vermelha da Indonésia decidiu esvaziar cinco de seus armazéns e carregar todo o material em três navios que devem chegar na manhã de quinta-feira.
A carga inclui sete caminhões-pipa, cinco cozinhas comunitárias, mil pacotes com artigos básicos para recém-nascidos e bebês, 10 mil mosquiteiros, 650 colchões, entre outros artigos básicos.
Por outro lado, FICV informou que uma equipe de resgate que chegou na segunda-feira à área de Sigi encontrou os corpos de 34 estudantes que participavam de um retiro religioso quando ocorreu o tsunami.
Pelo menos 1.407 pessoas morreram e mais de 2.500 ficaram feridas no duplo desastre. O FICV indicou que solicitou US$ 22 milhões a seus doadores para atender 160 mil afetados.
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