Assange pede garantias ao Reino Unido para sair da Embaixada do Equador
Quito, 26 out (EFE).- O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, asilado há seis anos na Embaixada do Equador em Londres, pediu garantias ao Reino Unido de que não será extraditado a um terceiro país para poder deixar as instalações da delegação diplomática, disse à Agência Efe Carlos Poveda, um de seus advogados em Quito.
"Estamos conscientes do tema grave e uma das alternativas é se entregar à Justiça britânica, mas as autoridades do Reino Unido teriam que expressar que não irão extraditá-lo a um terceiro país no qual sua vida, sua integridade física e o devido processo não sejam afetados", afirmou Poveda.
Advogado, que faz parte de uma equipe jurídica integrada por letrados em vários países, esclareceu que se trata de "um pedido claro, específico e muito expresso, é a condição".
Assange era requisitado desde 2010 pelas autoridades da Suécia, onde é acusado por duas mulheres de estupro - o que ele nega -, mas o caso foi arquivado pela impossibilidade de continuar as investigações.
Mesmo assim, ele continua asilado para evitar ser detido pelas autoridades britânicas e deportado aos Estados Unidos, onde teme ser julgado pela publicação de documentos confidenciais militares e diplomáticos.
Em paralelo, a defesa de Assange solicita ao Equador sua intervenção diplomática em prol de conseguir uma saída para sua situação, dado que em reiteradas declarações o atual chanceler, José Valencia, afirmou que o assunto deve ser dirimido unicamente entre as partes envolvidas, ou seja, o próprio ativista e o Reino Unido.
"Esperamos que pelo menos os diálogos (com o Equador) sejam estabelecidos e que o pedido de proteção a Assange não seja visto como uma afronta", disse Poveda, ao insistir que a defesa só pretende proteger os direitos de seu cliente.
O jurista manifestou, no entanto, que o protocolo apresentado pelas autoridades equatorianas a Assange contém uma ameaça implícita de dar fim ao asilo, que dura desde 2012, e denunciou que têm ocorrido situações nos últimos meses não previstas de maneira explícita, que fazem temer represálias.
O procurador-geral do Equador, Íñigo Salvador Crespo, explicou ontem que foi proposto a Assange, naturalizado equatoriano em dezembro de 2017, que se entregasse à Justiça britânica "com as garantias que o Equador tinha conseguido obter", como não ser "deportado ou extraditado a nenhum outro país".
A outra possibilidade oferecida pelo Equador foi ficar todo o tempo que quisesse na Embaixada em Londres, mas sob "certas regras", "já que o asilo já dura seis anos e nada mostra que o caso possa se solucionar imediatamente".
"Estamos conscientes do tema grave e uma das alternativas é se entregar à Justiça britânica, mas as autoridades do Reino Unido teriam que expressar que não irão extraditá-lo a um terceiro país no qual sua vida, sua integridade física e o devido processo não sejam afetados", afirmou Poveda.
Advogado, que faz parte de uma equipe jurídica integrada por letrados em vários países, esclareceu que se trata de "um pedido claro, específico e muito expresso, é a condição".
Assange era requisitado desde 2010 pelas autoridades da Suécia, onde é acusado por duas mulheres de estupro - o que ele nega -, mas o caso foi arquivado pela impossibilidade de continuar as investigações.
Mesmo assim, ele continua asilado para evitar ser detido pelas autoridades britânicas e deportado aos Estados Unidos, onde teme ser julgado pela publicação de documentos confidenciais militares e diplomáticos.
Em paralelo, a defesa de Assange solicita ao Equador sua intervenção diplomática em prol de conseguir uma saída para sua situação, dado que em reiteradas declarações o atual chanceler, José Valencia, afirmou que o assunto deve ser dirimido unicamente entre as partes envolvidas, ou seja, o próprio ativista e o Reino Unido.
"Esperamos que pelo menos os diálogos (com o Equador) sejam estabelecidos e que o pedido de proteção a Assange não seja visto como uma afronta", disse Poveda, ao insistir que a defesa só pretende proteger os direitos de seu cliente.
O jurista manifestou, no entanto, que o protocolo apresentado pelas autoridades equatorianas a Assange contém uma ameaça implícita de dar fim ao asilo, que dura desde 2012, e denunciou que têm ocorrido situações nos últimos meses não previstas de maneira explícita, que fazem temer represálias.
O procurador-geral do Equador, Íñigo Salvador Crespo, explicou ontem que foi proposto a Assange, naturalizado equatoriano em dezembro de 2017, que se entregasse à Justiça britânica "com as garantias que o Equador tinha conseguido obter", como não ser "deportado ou extraditado a nenhum outro país".
A outra possibilidade oferecida pelo Equador foi ficar todo o tempo que quisesse na Embaixada em Londres, mas sob "certas regras", "já que o asilo já dura seis anos e nada mostra que o caso possa se solucionar imediatamente".
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