Macron diz que suspensão de venda de armas por caso Khashoggi é demagogia
Bratislava, 26 out (EFE).- O presidente da França, Emmanuel Macron, qualificou nesta sexta-feira como demagogia promover um embargo de armas à Arábia Saudita em reação ao assassinato do jornalista Jamal Khashoggi, conforme pediu o Parlamento Europeu (PE).
"Seria muito demagógico dizer que deixamos de vender armas porque qual é a influência da venda de armas no assassinato de Khashoggi?", declarou Macron em entrevista coletiva na Bratislava (Eslováquia).
Ontem, o plenário do PE pediu aos governos da União Europeia (UE) para criarem um embargo conjunto à venda de armas à Arábia Saudita, após o assassinato de Khashoggi, jornalista dissidente e exilado, em 2 de outubro no consulado do seu país em Istambul.
A Alemanha já tinha pedido na segunda-feira uma "postura europeia" comum para a questão, no dia seguinte de a chanceler, Angela Merkel, anunciar a suspensão das exportações de armamento a Riad.
Macron se manifestou hoje a favor de unificar uma postura comunitária e impor sanções, mas só depois do esclarecimento do crime.
"Não podemos tomar decisões precipitadas, antes devemos realmente saber o que aconteceu. Está confirmado que foi um assassinato, e o promotor saudita disse que foi um assassinato premeditado. As pessoas que possivelmente fizeram isso são conhecidas e há uma equipe de investigação composta por turcos e sauditas, com intervenção dos serviços secretos", lembrou o presidente francês.
Macron considerou que as sanções deverão ser "amplas, mas coerentes com o crime, por isso nada pode ser decretado antes da divulgação dos detalhes".
"Quando tivermos à disposição o relatório dos fatos a nossa reação deve ser proporcional e direcionada às pessoas certas", defendeu ele, explicando que a resposta deve ser coordenada de toda a UE e de espectro amplo.
Ao mesmo tempo, lembrou que a Arábia Saudita é um parceiro estratégico da França na região, principalmente, na luta contra o terrorismo.
"Cooperamos muito intensamente com eles, e temos interesses militares completamente transparentes", disse o presidente francês.
A França é um dos 15 países do bloco (junto com Áustria, Bélgica, Bulgária, República Tcheca, Dinamarca, Finlândia, Alemanha, Itália, Holanda, Polônia, Romênia, Espanha, Suécia e Reino Unido) que venderam armamento à Arábia Saudita em 2016, conforme o relatório mais recente sobre esse comércio publicado em fevereiro.
"Seria muito demagógico dizer que deixamos de vender armas porque qual é a influência da venda de armas no assassinato de Khashoggi?", declarou Macron em entrevista coletiva na Bratislava (Eslováquia).
Ontem, o plenário do PE pediu aos governos da União Europeia (UE) para criarem um embargo conjunto à venda de armas à Arábia Saudita, após o assassinato de Khashoggi, jornalista dissidente e exilado, em 2 de outubro no consulado do seu país em Istambul.
A Alemanha já tinha pedido na segunda-feira uma "postura europeia" comum para a questão, no dia seguinte de a chanceler, Angela Merkel, anunciar a suspensão das exportações de armamento a Riad.
Macron se manifestou hoje a favor de unificar uma postura comunitária e impor sanções, mas só depois do esclarecimento do crime.
"Não podemos tomar decisões precipitadas, antes devemos realmente saber o que aconteceu. Está confirmado que foi um assassinato, e o promotor saudita disse que foi um assassinato premeditado. As pessoas que possivelmente fizeram isso são conhecidas e há uma equipe de investigação composta por turcos e sauditas, com intervenção dos serviços secretos", lembrou o presidente francês.
Macron considerou que as sanções deverão ser "amplas, mas coerentes com o crime, por isso nada pode ser decretado antes da divulgação dos detalhes".
"Quando tivermos à disposição o relatório dos fatos a nossa reação deve ser proporcional e direcionada às pessoas certas", defendeu ele, explicando que a resposta deve ser coordenada de toda a UE e de espectro amplo.
Ao mesmo tempo, lembrou que a Arábia Saudita é um parceiro estratégico da França na região, principalmente, na luta contra o terrorismo.
"Cooperamos muito intensamente com eles, e temos interesses militares completamente transparentes", disse o presidente francês.
A França é um dos 15 países do bloco (junto com Áustria, Bélgica, Bulgária, República Tcheca, Dinamarca, Finlândia, Alemanha, Itália, Holanda, Polônia, Romênia, Espanha, Suécia e Reino Unido) que venderam armamento à Arábia Saudita em 2016, conforme o relatório mais recente sobre esse comércio publicado em fevereiro.
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