Ex-ministra francesa denuncia machismo sofrido durante carreira política
Paris, 31 out (EFE).- A ex-ministra e candidata socialista às eleições presidenciais de 2007 na França, Ségolène Royal, fez duras críticas a seus antigos colegas de partido François Hollande - que foi seu marido durante anos - e Manuel Valls, e também a seu oponente Nicolas Sarkozy, em um livro publicado nesta quarta-feira, no qual relatou o machismo sofrido durante sua carreira política.
Royal, que tem um currículo político de três décadas durante as quais foi deputada, ministra e a primeira candidata mulher a chegar ao segundo turno de eleições presidenciais no país, decidiu agora "reviver as adversidades" que durante anos preferiu "congelar na memória" com o livro "Ce je peux enfin vous dire" ("Isto eu posso finalmente dizer a vocês", em tradução livre).
Na publicação, Royal citou os ex-primeiros-ministros socialistas Lionel Jospin, Manuel Valls e Laurent Fabius, o ex-presidente conservador Nicolas Sarkozy (que a derrotou em 2007) e também outro ex-chefe de Estado, François Hollande, pai de seus quatro filhos.
"Acredito que, com quatro crianças, saberá o que fazer", disse Jospin em 2000, quando a nomeou para titular do Ministério de Família, Infância e Pessoas com Deficiência.
Convencida de que quebrar o silêncio ajudará outras mulheres a lutar contra o machismo, o assédio e a desigualdade salarial, Royal lembra em seu livro que, quando se apresentou como candidata nas primárias socialistas em 2006, seu oponente Laurent Fabius, a quem acabou vencendo, lhe disse: "E quem vai cuidar das crianças?".
No livro, a ex-ministra, cujo nome é apontado como líder da lista dos socialistas nas eleições europeias de 2019, se mostra crítica com o governo de Hollande, do qual fez parte, e apenas relembra as medidas relativas ao meio ambiente que saíram de seu departamento.
Além disso, Royal também critica o atual presidente Emmanuel Macron de exercer sua função de forma autoritária.
Hollande, por sua vez, é alvo de várias críticas da ex-ministra, que narra "a violência do adultério" e da "bigamia" que sofreu pela relação extraconjugal que o pai de seus filhos teve com a jornalista Valérie Trierweiler.
Apesar de ela ter apoiado a candidatura de Hollande ao Palácio do Eliseu em 2012, ele pediu depois que ela não comparecesse à posse porque "seria complicado", em referência a Trierweiler, que costumava protagonizar cenas de ciúmes quando Royal estava por perto.
Finalmente, Hollande a nomeou ministra em 2014, uma vez que veio à tona o seu novo romance com Julie Gayet e após a separação de Trierweiler.
Royal reconheceu a simpatia que sentiu por Macron no começo, quando ele era ministro da Economia, e lembrou quando o atual presidente enfrentou Valls depois de informar na Assembleia Nacional que o crescimento da economia estava apenas "a meio mastro".
"E o seu pênis, também está a meio mastro?", disse um zangado Valls na presença de Royal, que também foi testemunha da resposta de Macron: "Se você quer guerra, você terá".
Royal, que tem um currículo político de três décadas durante as quais foi deputada, ministra e a primeira candidata mulher a chegar ao segundo turno de eleições presidenciais no país, decidiu agora "reviver as adversidades" que durante anos preferiu "congelar na memória" com o livro "Ce je peux enfin vous dire" ("Isto eu posso finalmente dizer a vocês", em tradução livre).
Na publicação, Royal citou os ex-primeiros-ministros socialistas Lionel Jospin, Manuel Valls e Laurent Fabius, o ex-presidente conservador Nicolas Sarkozy (que a derrotou em 2007) e também outro ex-chefe de Estado, François Hollande, pai de seus quatro filhos.
"Acredito que, com quatro crianças, saberá o que fazer", disse Jospin em 2000, quando a nomeou para titular do Ministério de Família, Infância e Pessoas com Deficiência.
Convencida de que quebrar o silêncio ajudará outras mulheres a lutar contra o machismo, o assédio e a desigualdade salarial, Royal lembra em seu livro que, quando se apresentou como candidata nas primárias socialistas em 2006, seu oponente Laurent Fabius, a quem acabou vencendo, lhe disse: "E quem vai cuidar das crianças?".
No livro, a ex-ministra, cujo nome é apontado como líder da lista dos socialistas nas eleições europeias de 2019, se mostra crítica com o governo de Hollande, do qual fez parte, e apenas relembra as medidas relativas ao meio ambiente que saíram de seu departamento.
Além disso, Royal também critica o atual presidente Emmanuel Macron de exercer sua função de forma autoritária.
Hollande, por sua vez, é alvo de várias críticas da ex-ministra, que narra "a violência do adultério" e da "bigamia" que sofreu pela relação extraconjugal que o pai de seus filhos teve com a jornalista Valérie Trierweiler.
Apesar de ela ter apoiado a candidatura de Hollande ao Palácio do Eliseu em 2012, ele pediu depois que ela não comparecesse à posse porque "seria complicado", em referência a Trierweiler, que costumava protagonizar cenas de ciúmes quando Royal estava por perto.
Finalmente, Hollande a nomeou ministra em 2014, uma vez que veio à tona o seu novo romance com Julie Gayet e após a separação de Trierweiler.
Royal reconheceu a simpatia que sentiu por Macron no começo, quando ele era ministro da Economia, e lembrou quando o atual presidente enfrentou Valls depois de informar na Assembleia Nacional que o crescimento da economia estava apenas "a meio mastro".
"E o seu pênis, também está a meio mastro?", disse um zangado Valls na presença de Royal, que também foi testemunha da resposta de Macron: "Se você quer guerra, você terá".
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