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Aborígenes matam turista americano em remota ilha da Índia

21/11/2018 09h06

Nova Délhi, 21 nov (EFE).- Um grupo de aborígenes matou um turista americano que tinha se aventurado a chegar a uma remota ilha indiana no arquipélago de Andamão, no Oceano Índico, e que tem acesso proibido a fim de proteger o povo que a habita, informou nesta quarta-feira à Agência Efe uma fonte oficial.

"A pessoa é um cidadão americano e foi vista pela última vez em 16 de novembro pelos pescadores que o acompanharam em seu caminho à ilha" de Sentinela Norte, explicou Jatin Narwal, porta-voz da Polícia de Andamão, na Baía de Bengala.

Os pescadores que levaram o americano à ilha informaram um "amigo local" da vítima, que por sua vez comunicou as autoridades, precisou a fonte.

A polícia realizou então uma investigação e determinou que o turista morreu pelas mãos dos aborígenes, que são muito hostis e não têm contato com o mundo exterior, mas por enquanto desconhecem a maneira como foi morto, embora segundo veículos de imprensa locais a vítima tenha falecido atingida por flechadas poucas depois de tocar terra.

"A ilha de Sentinela Norte é uma área proibida, a entrada nesta ilha é restrita sob a regulação para a Proteção das Tribos Aborígenes. Ninguém têm permissão para chegar até lá", disse o porta-voz policial.

Segundo a ONG Survival International, em 2006 aborígenes de Sentinela Norte, que habitaram a ilha durante aproximadamente os últimos 55 mil anos, mataram dois pescadores que se aproximaram do local.

A população aborígine nas ilhas Andamão ascende a 28.077 indivíduos, segundo dados da Comissão Nacional para as Tribos (NCST).

As ilhas Andamão e Nicobar, situadas a cerca de 1 mil quilômetros do continente indiano, eram até a época colonial escassamente visitadas, por isso que as tribos conseguiram manter a forma de vida intacta.