Duterte recebe críticas por ameaçar criar esquadrão para matar comunistas
Manila, 28 nov (EFE).- Partidos de diversas tendências e grupos de direitos humanos rejeitaram nesta quarta-feira a ameaça do presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, de criar seu próprio "esquadrão da morte" para assassinar comunistas.
Membros do Partido Comunista, legisladores, grupos de esquerda e defensores dos direitos humanos alertaram que a intenção de Duterte de formar sua própria equipe de matadores de aluguel para combater a guerrilha maoísta do Novo Exército do Povo (NEP) agravaria a violência e o clima de impunidade.
"Poderei ser obrigado a criar a minha própria unidade 'Sparrow', o esquadrão da morte de Duterte, para acabar com esses assassinos maoístas", disse o presidente filipino em discurso ontem à noite em Bohol diante de membros das forças armadas.
Duterte fez menção às milícias conhecidas como "Sparrow", supostamente criadas pelo NEP nos tempos da ditadura de Ferdinand Marcos (1965-1986) para matar agentes das forças da ordem.
"Vou buscar pessoas com o mesmo talento para matar", afirmou o polêmico presidente, que alegou que tentou um diálogo de paz com o NEP, mas estes responderam com o assassinato de policiais e militares.
O fundador do Partido Comunista, José Maria Sison, exilado na Holanda há décadas, negou hoje a existência desses assassinos "Sparrow" e afirmou que Duterte está usando isto como pretexto para matar supostos guerrilheiros.
Em entrevista por telefone com o canal de televisão "ACN", Sison comparou o plano de Duterte com sua polêmica guerra antidrogas, na qual milhares de pessoas morreram e que está sob a suspeita de que serve para encobrir execuções extrajudiciais.
O senador Antonio Trillanes, um dos mais ferozes críticos de Duterte, indicou que o líder quer "provocar medo nos filipinos" porque esta é sua "única maneira de manter o controle" do país.
Organizações como a Human Rights Watch (HRW) também mostraram sua rejeição às "não surpreendentes" palavras de Duterte, vistas como uma "declaração de guerra contra rebeldes, esquerdistas, civis e críticos do governo".
"Duterte transforma mais uma vez as execuções extrajudiciais na política oficial de seu governo. Dada a facilidade para as autoridades de acusar qualquer um de rebelde ou simpatizante comunista e declará-lo inimigo do Estado, o anúncio de Duterte é abominável", lamentou a HRW.
O grupo esquerdista filipino Bayan também acusou o presidente de "incitar uma onda de assassinatos contra críticos, defensores de direitos humanos e qualquer um que seja classificado pelo governo como vermelho".
Membros do Partido Comunista, legisladores, grupos de esquerda e defensores dos direitos humanos alertaram que a intenção de Duterte de formar sua própria equipe de matadores de aluguel para combater a guerrilha maoísta do Novo Exército do Povo (NEP) agravaria a violência e o clima de impunidade.
"Poderei ser obrigado a criar a minha própria unidade 'Sparrow', o esquadrão da morte de Duterte, para acabar com esses assassinos maoístas", disse o presidente filipino em discurso ontem à noite em Bohol diante de membros das forças armadas.
Duterte fez menção às milícias conhecidas como "Sparrow", supostamente criadas pelo NEP nos tempos da ditadura de Ferdinand Marcos (1965-1986) para matar agentes das forças da ordem.
"Vou buscar pessoas com o mesmo talento para matar", afirmou o polêmico presidente, que alegou que tentou um diálogo de paz com o NEP, mas estes responderam com o assassinato de policiais e militares.
O fundador do Partido Comunista, José Maria Sison, exilado na Holanda há décadas, negou hoje a existência desses assassinos "Sparrow" e afirmou que Duterte está usando isto como pretexto para matar supostos guerrilheiros.
Em entrevista por telefone com o canal de televisão "ACN", Sison comparou o plano de Duterte com sua polêmica guerra antidrogas, na qual milhares de pessoas morreram e que está sob a suspeita de que serve para encobrir execuções extrajudiciais.
O senador Antonio Trillanes, um dos mais ferozes críticos de Duterte, indicou que o líder quer "provocar medo nos filipinos" porque esta é sua "única maneira de manter o controle" do país.
Organizações como a Human Rights Watch (HRW) também mostraram sua rejeição às "não surpreendentes" palavras de Duterte, vistas como uma "declaração de guerra contra rebeldes, esquerdistas, civis e críticos do governo".
"Duterte transforma mais uma vez as execuções extrajudiciais na política oficial de seu governo. Dada a facilidade para as autoridades de acusar qualquer um de rebelde ou simpatizante comunista e declará-lo inimigo do Estado, o anúncio de Duterte é abominável", lamentou a HRW.
O grupo esquerdista filipino Bayan também acusou o presidente de "incitar uma onda de assassinatos contra críticos, defensores de direitos humanos e qualquer um que seja classificado pelo governo como vermelho".
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