Republicanos ganham eleição polêmica e ampliam vantagem no Senado dos EUA
A senadora Cindy Hyde-Smith conquistou nesta terça-feira a última cadeira em jogo no Senado dos Estados Unidos ao vencer a disputa no Mississippi em segundo turno, ampliando a maioria republicana sobre os democratas nesta Casa para 53 a 47.
Com 95,1% das urnas apuradas, Hyde-Smith aparece com 54,3% dos votos, enquanto seu rival democrata, Mike Espy, tem 46,7%.
O segundo turno de hoje no Mississippi, o único nas eleições para o Senado dos EUA em 2018, foi realizado depois que nenhum candidato alcançou 50% dos votos no último dia 6, data das eleições legislativas de meio de mandato nos Estados Unidos.
Nesse dia, Hyde-Smith obteve 41,5% e Espy, 40,6%, enquanto outro republicano, Chris McDaniel, conseguiu 16,5% dos votos.
A eleição de hoje esteve marcada por declarações de Hyde-Smith durante a campanha nas quais parecia aprovar os linchamentos de cidadãos negros, palavras pelas quais teve que se desculpar.
"Se o senhor me convidasse a um enforcamento público, estaria na primeira fila", disse.
As palavras de Hyde-Smith fizeram os republicanos temer que se repetisse o ocorrido meses atrás no Alabama, onde seu extravagante candidato perdeu para o democrata em um estado, como o Mississippi, profundamente conservador.
Esse temor levou o presidente dos EUA, Donald Trump, a dedicar a segunda-feira para comícios em apoio a Hyde-Smith no Mississippi, que finalmente elegeu hoje a republicana com uma margem maior que a esperada.
Com esta última cadeira em jogo, os republicanos aumentaram de 51-49 para 53-47 a sua vantagem sobre os democratas no Senado nas últimas eleições legislativas.
Os republicanos arrebataram assentos dos democratas no Missouri, na Flórida, em Indiana e na Dakota do Norte, mas perderam duas no Arizona e em Nevada.
Um panorama muito diferente se desenhou na Câmara dos Deputados, onde os republicanos sofreram um forte golpe ao perder seu controle por 235 a 200, segundo os resultados provisórios.
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