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Trump afirma que Rússia está infeliz com retirada de tropas dos EUA da Síria

20/12/2018 11h50

Washington, 20 dez (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quinta-feira que o Kremlin e o Irã, entre outros, não estão "felizes" com sua decisão de retirar as tropas da Síria, embora seu homólogo da Rússia, Vladimir Putin, tenha elogiado hoje a saída dos americanos deste território.

"Rússia, Irã, Síria e muitos mais não estão felizes porque os EUA vão embora, apesar do que as Fake News dizem, porque agora têm que lutar contra o (grupo terrorista Estado Islâmico) EI e outros, a quem odeiam, sem nossa ajuda. Estou construindo de longe o exército mais poderoso do mundo. Se o EI nos atacar, estão condenados!", escreveu Trump em sua conta do Twitter.

Neste sentido, também se perguntou se os EUA querem ser a "polícia" do Oriente Médio e indicou que é o momento para que outros comecem a "lutar".

"Os EUA querem ser a polícia do Oriente Médio, recebendo NADA, mas gastando vidas prezadas e trilhões de dólares protegendo a outros que, na maioria dos casos, não apreciam o que fazemos? Queremos estar ali sempre? É o momento de outros lutarem finalmente...", enfatizou o presidente.

Hoje mesmo, Putin expressou o seu apoio à decisão anunciada ontem por Trump e ressaltou que a presença dos EUA não é necessária na Síria.

"Se os EUA decidiram retirar suas tropas da Síria, então é o passo correto. A presença de tropas americanas é necessária? Não, eu acredito que não", disse Putin durante sua grande entrevista coletiva anual.

Washington comunicou ontem o início da retirada das suas tropas da Síria, onde há 2.000 militares, depois que Trump proclamou a derrota do EI neste território.

Apesar do anúncio da sua retirada da Síria, os EUA ainda mantêm sua presença militar no Iraque, na fronteira com o território sírio.

Durante a campanha para as eleições de 2016, Trump defendeu a diminuição da presença militar dos EUA no Oriente Médio, mas quando chegou à Casa Branca, altos cargos do Pentágono o convenceram a que mantivesse tropas na Síria a fim de acabar com o EI.

Trump repetiu em várias ocasiões que sua prioridade na Síria era erradicar o EI e abandonou a ideia de forçar uma transição que provoque a saída do presidente sírio, Bashar al Assad. EFE