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Governo francês repudia radicalização de alguns "coletes amarelos"

24/12/2018 11h19

Paris, 24 dez (EFE).- O primeiro-ministro da França, Édouard Philippe, lamentou nesta segunda-feira que o movimento de protesto dos "coletes amarelos" tenha derivado uma crescente radicalização de algumas pessoas e pediu o fim das provocações para que o país possa voltar à normalidade.

"Os funcionamento das nossas instituições exige uma volta à ordem, que parem essas provocações, essas declarações às vezes tingidas de antissemitismo, essa violência, essa vontade de destruir, de atacar deliberadamente as forças da ordem", afirmou.

Philippe se pronunciou diante da imprensa após ter visitado policiais que no sábado passado, o sexto consecutivo de protestos, foram atacados por alguns manifestantes.

"Não misturo os que se manifestam dessa maneira e os que expressam pacificamente as suas reivindicações, mas observo que à medida que dura, este movimento se traduz em uma radicalização de uma grande violência", acrescentou o chefe do governo.

A última manifestação ficou marcada por episódios de violência contra as forças da ordem, como o registrado contra policiais na avenida Champs-Élysées e a decapitação de uma imagem do presidente, Emmanuel Macron, na noite de sexta-feira em Angoulême, no sul do país.

Em termos de participação, esse sexto dia de protestos manteve a tendência de baixa, reunindo 38,6 mil pessoas em todo o país. Uma semana antes, o movimento concentrou 66 mil manifestantes. EFE